Quebra-gelo - em prosa, da batalha formadora da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, que simboliza a mulher, no evento À Mulher Caiçara onde Estiver, no Aquário, assim:
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande.
1. - À luta! Vamos saqueá-lo! (Fenton -almirante corsário inglês- diz a seus marinheiros)
2. - Defendamo-nos do saque... o metal nobre trazido do Rio da Prata foi lavrado para a coroa espanhola. (Capitão espanhol -em navio saqueado- diz a seus marinheiros)
3. – Vencemos! Orientar a estibordo rumo a Santos... (Ward -vice-almirante corsário inglês- diz aos capitães de sua esquadra)
4. - Sendo Santos tal e qual Withal afirmou, admito que será um porto seguro para o conserto do casco e para novos saques. (Fenton – diz a Ward)
5. - Adorno meu sogro! Preciso trabalhar, como ferreiro e carpinteiro que sou, apesar de nosso parentesco e sua respeitosa riqueza e sabedoria. Além do que, veja o estado do casco inglês! (Withal -inglês local- diz em terra ao sogro Adorno)
6. - Fenton, coopero com você e digo: os portugueses, mulheres e crianças saíram da vila; os navios deverão ancorar junto à vila para permanecerem visíveis, tranqüilizando-os. (Withal -a bordo- diz a Fenton)
7. - Gente daqui, os ingleses necessitam consertar o casco do navio e eu necessito desse trabalho. (Withal -em terra- diz aos locais)
8. - Confiamos no Withal, que necessita trabalhar no que sabe, mas estaríamos dando porto seguro a saqueadores nesse conserto do casco... (Anônimo local – diz aos locais)
9. - Gente daqui! Deliberamos que por enquanto nos entregaremos à nossa defesa. Leitão falará à Fenton, dentro de poucos dias. Poderá forrar de cobre o casco, carpintear e pescar, por enquanto... forjas e fornos só depois da chegada de Leitão. (Emissário de Leitão -capitão mor e governador da província- diz aos locais)
10. - Adorno, Veras, Raposo, Withal... venham a um banquete a bordo, preparado para vocês decidirem lá, com liberdade. (Ward - diz a Fenton)
11. - Ward, vamos aprisioná-los. (Fenton – diz a Ward)
12. - Fenton, será melhor corrompê-los. (Ward - diz a Fenton)
13. - Ward... eles são leais ao poder constituído local! (Fenton – diz a Ward)
14. - Withal e Adorno... vamos à terra junto aos navios para conhecer o lugar para a forja. (Fenton – diz a Withal e Adorno)
15. - Adorno! Ofereço a você seda e veludo. (Fenton – diz a Ward)
16. - Ouçam todos... “Gente de Santos não se entende com reconhecidos piratas”. (Adorno – ancião local, sogro de Withal e de posses, diz a todos locais, segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)
17. - Ward, eu confiei em Withal nessa empreitada e agora... (Fenton – diz a Ward)
18. - Gente daqui... estou arrependido do pacto que confesso ter feito com Fenton, em facilitar-lhe porto seguro para saques a espanhóis... (Withal - diz aos locais)
19. - Almirante Valdez; fomos atacados. Trata-se de saque corsário inglês e agora estamos à deriva. (Capitão espanhol -no navio da esquadra espanhola avariado na escaramuça- diz ao Almirante Valdez,)
20. - Higino! Renascemos na consciência. Vá numa defesa de Santos. (Valdez -almirante da esquadra espanhola- diz a Higino)
21. - Valdez, reparando nossa pouca vigilância, vou a Santos. (Higino -vice almirante da esquadra espanhola- diz a Valdez)
22. - Como vigia professo fé na vigilância. Avisto a armada espanhola na boca da barra e a armada inglesa no estuário, ajudado pela luz do luar. (Vigia local -do morro do vigia- em fluxo de pensamento, em "24 de janeiro de 1584...", segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)
23. - Fique orando e vigiando -sua função- que eu avisarei nossos defensores como emissário que sou. (Emissário local -do vigia- diz a este)
24. - Emissário, combaterei a Fenton, pegarei sua artilharia e erguerei uma fortaleza. (Higino -capitão e navio espanhol- diz a Fenton)
25. - Festejaremos a vitória e a vigilância possível. (Adorno – sogro de Withal, diz aos combatentes e aos locais)
26. - Antevejo hoje a Fortaleza da Barra construída, a partir da frota de Fenton ontem dividida: e ao fundo da barra “Santa Maria de Bergoin” naufragada, mesmo Withal deixando sua madeira com metal forrada. Ward, seu vice-almirante, perdeu para Jerônimo Leitão, governante, quando para o Flores Valdez não foi páreo, que afugentou esse corsário. No espantar desse corsário daqui, à André Higino paz atribuí. Depois seu canhão pouca saudade deixou, quando contra a liberdade também mirou. (Adorno – diz aos locais).
Quebra-gelo - em versos, da batalha formadora da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, que simboliza a mulher, no evento À Mulher Caiçara onde Estiver, no Aquário, assim:
OFICINA.
De parte da nau afundada, Santa Maria de Bergoin,
feita a Fortaleza da Barra de Santo Amaro, esta calada,
desde quando escorraçada, em 24 de janeiro,
a tentativa de domínio de Edward Fenton, naquele
mil quinhentos e oitenta e quatro, em águas navegadas
do canal da barra que vigia com a molecada.
Varal de aquarelas da oficina “Escola da Família”
convida pra ver aquilo, expõe, quem sabe vaticina -
exista um pintor, determina, faz diferença em papelão
por você trazido, pinta com Ruth Passos pela Escola,
Dona Ana da Nossa Senhora e Bia Merguiso,
Navegantes no saborear de ondas brincadeira.
Seus canhões já conquistados, troféus de guerra são agora
por alunos do 4º ano básico imaginados,
são dados da Escola Estadual, agora buscados,
Nossa Senhora dos Navegantes dê voz àquela fortaleza,
existente em gravuras pintadas tão poetadas
nas rochas percebidas na ponta de sua praia.
Construção de barco idealizado no ler lúdico,
no mês de maio de mil novecentos e noventa e um
está caiado o próprio monumento, agora vão
ao monumento em autoral livro escreverão,
mandar notícia da oficina, em capa de artesão,
branco paz, em folhas, a refletida bruma junto ao mar.
rrr. / Acervo dos Escritores Santistas.
Fim.