domingo, 22 de outubro de 2017

Lavai, e Lá vai.

"Lavai e Lá, vai.

Vai uma criança linda, de cor vital, olhos profundos e mente brilhante. Caminhando chegará no cume e andará por descobrir seu ventre. Seu choro atinge o universo e  ecoará pelos planetas, como as plantas mais antigas, as briófitas. Essa ramificação que se expõe em tipo sanguíneo, o futuro, como a leitura de uma história infantil de terror, creche em chamas. Cada estória, cada significado, não eram capazes de traduzir o mundo mas em sua mente brilhante, associava ao seu pai, a capacidade de Deus, de criar e descriar a maturidade, frente seus atos realizadores. Um dia, numa fábrica de chocolate em Cubatão, a criança foi levada ao lagamar. Visionária, relativizava o ponto no qual pudera chamar de partida. Litros e litros de água do mar jorravam, como aqui entregamos às letras, as letras. Mas ela segue brilhante, viva, penetrante, desconcertante, ela cresce e não deixa seu pai intervir  e diz: - Quais são as lições de Gurjief deixadas pelos avós? - Quem são meus antepassados? - Onde estão enterrados os Ferreiras Gulares ? - Que manias tinham? ou somente o tipo sanguíneo fazia concórdia poética?  resultantes?
Todas as suas lições escolares foram refeitas, seus graus colados no álbum, na sua testa e canastra, um dia foi o jogo de sua vó. Um dia descobriu o truco, o buraco, seu blefe, sua identidade. Do ponto mais alto e estratégico possível, esculpiu seu rosto na mesa, cobriu de arroz e comeu. Seu suprassumo era se alimentar de conhecimento, beber conterrâneos, inalar o ar do mar, digitalizar sua face. Passo a passo silua identidade atingir a carteira, e depois o ônus e o roubo e a preguiça e todos pecados capitais. Eram apenas crianças fugitivas da infância e que um dia nasceram isoladas numa barriga. Gemeos são como estrelas duplas nascidas no mesmo âmago.
- Naquela viagem pra Cubatão, pode - se descobrir a criatividade, na cumeeira da montanha ou do telhado de sua casa, escorregava por arco íris até chegar à varanda de seus olhos, nada ou tudo poderia fazer sentido. Mas até a sua colação de grau, dava sentido de local, como Vrindrávana e Esperanças Perdidas. Quantas voltas teve ela, a criança toda resumida, de relógio, assaltada, escrita solta.  Um conto, na verdade seu ponto, de vista, de costura, de umbanda, seu significado mais profundo, sua assinatura, como o sangue. Atravessará matagais, chamas, peças, suposições, apenas tentará enteder as palavras. E quando realmente fitar a leitura deste poema, nem Leminski, nem Bandeira, nem de Barros, estralarão a linguagem da criança, a leitura que se constrói em vossa vida. E talvez nem os versos mais frequentes se somarão aos pontos. Numa quadra de basquete ou handebol. Na escola ou na creche, na razão ou na intuição, na saúde ou na doença, casará consigo mesma. Que bola de neve! como posso ter nascido dos bagos de meu pai? enfim terás a vida toda pra questionar e principalmente usar suas mãos. Seu doce afeto regará o caos e a vida eterna. Te entregará a Deus um dia e poderás renascer borboleta ou singrar ao divino. Mas e o poema? Se é só dele que vive a alma? Tenho eu que ser engenheira?, garçonete? Judite? cantora? Quantas cervejas terei que beber até chegar a boa? Aventurança essa criança, cansada, com rugas, como Chico, de Holanda, maranhense um dia, poderá votar num líder ou num cantor ... e poderá ser qualquer coisa até mesmo uma serpente, kundalini. Bom, finalmente o mar pode chegar à terra e surfaremos juntos toda essa baboseira, almoçando, na mesa, seu rosto reflete na luz do nada e finalmente diz. - Te amo pai, te amo mãe mas estou indo embora para onde eu vim. De dentro de vocês nunca sairei e toda poesia escrita um dia, será para te entediar, rever seus pensamentos crédulos, suas atividades urbanas. Enterrando e desenterrando seu passo, quem sabe em sua próxima vida, em extinção, nos reuniremos no cume e reescreveremos todas nossas palavras e lavramos então o pensamento e unos, numa estrada de ferro, permitamos passear de passado, montados em ruas, apropriados de tudo em sua suma compostura. Criança velha, serás amada até por seus inimigos pois os pensamentos são botantes, são perfeitos e a saudade no meu peito ainda mora e é por isso que amamos quem vem lá de fora. Um dia pousará em Peruíbe e na areia branca seu leque que sombreia, protege e faz vento. Logo mais saborearemos um belo molho de tomate. Surreal Patagruélica, não importa, sua vida importa." - Liso Carenu, em poemas retroativos.

Liso Carenu / Acervo dos Escritores Santistas, desde seu "Qualquer Lógica pode ser Alvorada" - livro inédito de poemas.
("Segue em 21 de novembro de 2017").

domingo, 1 de outubro de 2017

Capivara em alteridade! (*)

Que tal dar voz a quem não tem, assim, nessa alteridade, à começar pela capivara!?
Bom proveito, dessa inspiração.
Gratidão da capivara, né!?

*
Abertura ao pequeno conto autoral.
Um conto de vinte linhas ao mês, para publicação inicial em blog do Acervo dos Escritores Santistas, de cada escritor caiçara, e quiçá em jornal diário, quando tornado consistente tal proposta, ao qualificar coletivamente sua escrita, no âmbito desse Acervo.

Ricardo Rutigliamo Roque - moderador e autor da proposta.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Convite ao Conto - Blog e Jornal.

   Compromissar-se como autor, com construção mensal de um conto, a ser postado atualmente em blog do Acervo dos Escritores Santistas, e quiçá em jornal - se patrocinado, proximamente.
   Em vinte (20) linhas impressas em A-4, Arial tamanho 12, não em paisagem, com citação em epígrafe inclusa, enviado ao administrador dos grupos Acervo dos Escritores Santistas e Mulher Caiçara onde Estiver – via e-mail: ricardorutiglianoroque@yahoo.com.br , com antecedência de ao menos uma semana da data escolhida – um dia de 1 a 28, sem especificar o dia da semana.
   Abrir mão dos direitos autorais em tais publicações a serem compartilhadas em rede social de relacionamento - Internet, desde que citado você - autor, e fonte - se já publicado em livro.
   Grato.
   Santos, 18/09/2017.
Ricardo Rutigliano Roque - Acervo dos Escritores Santistas e Mulher Caiçara onde Estiver.

domingo, 17 de setembro de 2017

Metalinguagem - uma Luz na Sombra!

Luzes na Sombra - Conto (*), e metalinguagem (**).

* "O Abandono me protege" – Manoel de Barros, em Livro sobre Nada.

   Concebida em afresco, neste seu respirar. Você passa o caminho. Sombreiam redentoras mãos. Paira semblante que avista. Olhar acolhe primazia.
   - Já que é uma manifestação ao evento Histórico, cabe um registro.
   Está fora de indutora leitura diária, esta que criaria hábito saudável. Todavia, há esse acesso tardio e restritivo ao leitor de ficção, sem seu acolhimento. Hoje é rareado espaço, assim tornado.
   Solta-se espaço lúdico. Convida areia à bola. Tranças e boina à espera.
   - Alusão ao espaço cedido à ficção?
   Divide-se submissa em aulas. Baila no salão à bonequinha. Tarde em música à espreita.
   - Reconhecida como importante se tornada cotidiana leitura em jornal, preconizada assim, de um conto por dia. Por isto.
   Chama quem carrega o infante, essa em abreviada vida. Sorri àquele que fica. Flamba. Paira sobre chuvosas nuvens.
   - Mas, agora já existe o blog - forma disponível e democrática, ao menos pro internauta.
   O que torna menos devastadora a restrição imposta à impressa, antes em tão aberta e rotineira acolhida à ficção.
   - Isto se pensado em novos leitores a serem criados.

rrr./

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/09/luzes-na-sombra-conto-editado.html

** Dissecado o conto - Luzes na Sombra, assim:

   Esse conto é um drama, onde há narrativa com estilhaços em onisciência. Há uma linguagem direta com o leitor, essa em camada mais grave, por simples ousadia poética, que adensa a ontologia abordada, em parte dessa narrativa. Está em terceira pessoa quando narra uma abordada trajetória de exclusão dos contos de uma leitura diária. O texto está em frases curtas - independizadas orações, para evitar conjunções, e facilitar fluxo à leitura por tamanhos de parágrafos assemelhados.
   Estabelece um paralelo entre as fases de vida do leitor, idealizada, e a real do caminho do conto escrito, ambas separadas por falta de veiculação diária impressa em jornal, assim contextualizado. Expõe, assim, a dependência da vida ficcional à real veiculação necessária periódica, com pouco intervalo e naquele veículo. Faz contrapondo, portanto, à real exclusão pelo jornal desse idealizado contato diário.
   Para a parte da ontologia faz uso de linguagem imagética: concepção, nascimento, infância, adolescência, morte e o evocado céu - idealizado, por citadas nuvens. Iniciada no acolhimento em parto. Em circularidade vai até evocar um ressuscitar de leitores criados.
   Mantida uma diferenciação em todo texto, ao intercalar a prosa em camada mais superficial - menos grave. Há assim proposital contraste ao drama da narrativa em voz interior – em voz grave, esta em curto fluxo de pensamento. Isso provoca a percepção de duas vozes com sonoridades mais graves e uma outra menos grave.
   Os arranjos musicais contém quatro vozes, e esse conto contudo apenas três vozes. Para perceber essa construção, se pode ler salteado. A subtração de uma voz, pode testar essa sinestesia, em cinestésico uso da musculatura da voz do próprio leitor – com voz forte, também ao acrescentar-se uma quarta voz faltante – sutil do próprio leitor.
   Estão alternados o lírico e o prosaico, cada um em sua própria lógica e consequência contextualizada.
   Estaria a ousadia poética entranhada aí, o que explicaria e justificaria tal forma?
   Estão explicitadas as histórias - ontológica e ficcional, separadas na vida real por ausente leitura dupla no dia à dia, resgatadas no texto em alinhavo nas entrelinhas.
   Esse conto se completa em uma leitura, presunçosamente falando, com maior tempo. Isto que está tão em falta hoje, o que me leva crer que se manterá incompreendido. Mas aí é desafio do leitor, não do autor, parece.
   Elucida essa análise de forma e conteúdo, incluso os estilhaços?
   Grato.

rrr./

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

"A Colonia Penal" - Franz Kafka, dissecado conto.

"A Colonia Penal" - novela, do Kafka, para dia 09/09/2017, comentário - forma e conteúdo, em uma página - 20 linhas: conto surreal, em verosimilhança ao superrealismo, de opressão; (disponível em pdf - http://www.verlaine.pro.br/txt/kafka-colonia.pdf );
CONTEÚDO: sacralidade do corpo submetida à mitologizada técnica, que na subordinação à chefia imediata - que perdura apesar de ausente, essa substitue a moral vigente anteriormente - que precedeu a civilização até o advento do Holocausto nazista, agora submetida à obediência à ordem dada, sem mais a presença da culpa oriunda do nascedouro da concepção da ideia, seguida da construção técnica da máquina de execução de pena com tortura. 
FORMA: Conto - breve relato com poucos personagens, com início interessante, mantido pelo diálogo insólito em meio à pressa em saber o desfecho, com final impactante.
Gênero Literário - Drama, com enredo - estrutura narrativa - quando expõe o conflito: do homem frente à moral técnica vigente, em manifestação da miséria humana;
. narrador na terceira pessoa;
. tempo: na terceira pessoa; 
. Pontos essenciais - elementos:
. ambientação: ilha de colônia penal francesa; 
. perfil psicológico do personagem: denso, destituído mazelas - o explorador, mas com neurose - o oficial, de singela obediência - cada um dos envolvidos, no decorrer da trama,
. voyerismo: até do apenado, além do explorador, antes de saber que era alvo da execução; 
. papéis trocados: presente no conto de Kafka, característica também do Pirandello, quando o executor passa a executado;
. insatisfação: do explorador, essa que submete o executor como se fora a nova ordem vigente - do novo comandante, aferida pelo dizer do explorador;
. alteridade: transmitida pelo explorador - de ambígua postura, em alterego do escritor que resvala para o executor ao se auto punir - extensiva pena à moral, técnica vigente - contemporânea na leitura hoje;
. inadequação: da moral que apenava quem concebia a ideia, pois passa ao executor que não obedece a seu superior;
. protagonismo - tipo de personagem, figuras arquetípicas: o executor que só cria "autonomia" - põe a mão na massa, à partir de um fato: percepção tardia da troca de guarda - comandante da colônia, na presença de um antagonista - o explorador, fato só então agudizadamente traumático pra ele; e na abordagem mítica: de justiça, aqui militar, de quem se crê contenha infalibilidade;
. polaridade: entre a moral judaico-ocidental-cristã - erro iniciado no pensar a ação de construir a máquina de execução, em conflito com a vigente técnica – passível de pena se o subalterno se insurgir com sua chefia imediata;
. catarse: na morte do executor operacional de tal máquina, que se junta assim ao idealizador - este que em solo sagrado nem foi recebido em morte; 
. sabedoria do corpo (mito e sacralidade): mito da tecnologia infalível, ao romper a barreira da pele e invadir a sacralidade do não saber do corpo ingênuo, este que dormiu em desobedecida vigília, devida a seu oficial superior;
. segurança no caminho: universal cenário masculino de ativa postura ergonômica invertida - submissão do corpo à máquina.
Obs.:
. em exercício com saberes absorvidos em Oficina, no SESC: "Como se tornar um escritor hoje": caminhos da Literatura - 05/08 a 25/11/2017, ministrada pelo Flávio Viegas Amoreira.
. estrutura literária baseada em classificação dada pelo Diagrama de Gêneros Literários - 
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/08/diagrama-de-generos-literarios.html .

* Sinopse na wikipédia:
"O livro faz uma análise crítica sobre o instituto da pena, analisando os seus limites, a impropriedade das penas baseadas em castigos corporais e ilustra com clareza e precisão a barbárie que constituíam as técnicas medievais na aplicação desses castigos punitivos. Narra a história de um explorador que, durante visita a uma colônia francesa, presencia o sistema empregado na execução de um soldado acusado de insubordinação. O sistema que o condenou está baseado numa doutrina jurídica arbitrária, em que o acusado não tem direito à defesa. Quem administra essa "justiça maquinal" é um instrumento de tortura que escreve lentamente sobre a pele, no corpo do condenado, com agulhas de ferro, presas à uma estrutura de vidro, a sentença do crime que, muitas vezes, ele mesmo não sabe que cometeu. Na colônia penal é também uma crítica à exaltação das máquinas e dos mecanismos usados com intuitos cruéis. O Oficial, personagem do livro, que é a favor do uso da Máquina de tortura para executar sentenças, fala desta como se tratasse de um "deus". Ele a adora como tal. Todo o livro gira em torno desta máquina. Observamos o descaso do oficial para com o Condenado - que, como já foi dito, não sabe o porquê de estar ali, nem sabe que foi acusado - e vemos o cuidado e a perícia com o aparelho de tortura usado para torturar e matar. Quando o condenado estava para receber o suplício, porém, o explorador diz ao oficial o que pensa dos seus métodos de execução - fala que o método não o convenceu, e se dispôs a oficial: "Não apresentava sinal algum da redenção prometida. O que outros teriam encontrado na máquina acabara por lhe ser negado. Os lábios se achavam apertados com firmeza, os olhos abertos, com a mesma expressão que tinham quando vivos, o olhar seguro de si, convencido. A testa se achava perfurada pela grande agulha de ferro" (KAFKA, 1969:100)." - João Correia (Ovar).

sábado, 2 de setembro de 2017

"Morte na Praça", em "Iáiá por que Choras?" - dissecação.

"Morte na Praça", de Dalton Trevisan, em "Iáiá por que Choras?", conto assim dissecado:

   Conto: breve narrativa, centrada em um episódio da vida, com poucos personagens.
   Pontos essenciais - elementos:
. ambientação - áreas de uma casa e hospital principalmente.
. perfil psicológico do personagem: Abílio para de barbear e cortar cabelo, joga carteado e rinha de galo; Iáiá professora com disfunção emocional, família decadente, com possível sonambulismo ou delírios, denotados por ordens dadas ao marido - Abílio, que pela manhã passa a ser questionado pelo feito, ou ela ao fazer com as próprias mãos gera a própria internação com tratamento com choques, e consequente envelhecimento, rápido, e morte;
. insatisfação: com morte de seus galos pelas mãos de Iáiá;
. alteridade: ao cuidar de Iáiá, na doença;
. inadequação: obediência à epifanias de Iáiá, e decadência familiar de Iáiá, simbolizada pela estátua de seu antepassado na praça e ela, descendente, vivendo sob uma degradação do casario herdado;
. protagonismo: sob narrador equidistante - não emite opinião, o protagonista em um desempenho errático, abandona ofício de barbeiro para se dedicar ao jogo de cartas e rinha de galo, assim é o Abílio;
. personagens: Abílio e Iáia, principalmente, e a cara preta;
. figuras arquetípicas: a Iáiá mulher e Abílio, fustigados por epifanias dela, e a serviçal;
. abordagem mítica: a internação nosocomial da paciente psiquiátrica;
. polaridade: entre marido - "são",  e sua mulher - "doente";
. catarse: esconder do convívio a disfunção ética de Iáiá, mas exaltar a de Abílio - moral, disfarçada em cuidados - azul de metileno na garganta de galos por Abílio, e na morte dos mesmos por Iáiá;
. sabedoria através do corpo: que envelhece à internação psiquiátrica e morte após clausura e choques elétricos;
. segurança no caminho: do "cuidado" marital, em casa, à cônjuge;
. trama:
Drama é, ao expor o conflito do homem e seu mundo - mulher com os galos de briga, e homem com homem - na reação por morte de galos com exílio dela em hospital psiquiátrico, ao manifestar a miséria humana, verossímil, com seriedade. Início prolixo e leve - com contextualização, chegando até o meio, em jogos de baralho e rinha de galos, em aventuras que instigam à leitura, com final em tragédia simbólica - da executora de imposta morte aos galos, e no colocado fim àquela relação - matrimonial, em "paz", e só temporariamente com as brigas de galo, impactante. Narrador na terceira pessoa, no tempo passado.

rrr./

Feita tal dissecação à luz de um diagrama (*) e de anotações em oficina do Flávio (**).

*
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/08/diagrama-de-generos-literarios.html?m=1

** oficina "Como se tornar um escritor hoje": Caminhos da Literatura - 05/08 a 25/11/2017, de Flávio Viegas Amoreira, no SESC - Santos.

http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2017/09/morte-na-praca-em-iaia-por-que-choras.html?m=1

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Anarcocapitalista.

Anarcocapitalista.

A o
N ão
A paziguar
R eafirma
C onsumista
O rientação
C apitalista,
A té
P arecer
I ntegral
T otalitarismo,
A bafando
L úgubre
I ndigestão
S ocial.
T raz
A vareza!

rrr./

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Ágora Caiçara - pinacoteca Benedicto Calixto, em Xilogravura.

ÁGORA CAIÇARA (*).

FICHA DE INSCRIÇÃO COM VISTAS À INSIGNIA ESCOTEIRA - CULTURAL, MODALIDADE ARTESANAL - XILOGRAVURA:

EVENTO DE XILOGRAVURA SOB RESPONSABILIDADE DE MÁRCIA SANTTOS:
. Instalado na Pinacoteca Benedicto Calixto:
. Dia 14/07/2018 - sábado, as 10:00h:
. Atividade CULTURAL - modalidade artesanal: XILOGRAVURA;
. Preceptora: professora Márcia Santtos;
. Meta: Apresentação da obra xilográfica do escoteiro adestrado com livre interpretação das figuras de Benedito Calixto e seu contemporâneo, Saturnino de Brito;

BASTIDOR - voluntário, em curso que o habilite em nível amador:
. duração: 12 horas; durante todo o mês de março de 2018.
. dia: Quarta-feira,das 10h às 13 OU das 14h às 17h
. endereço: rua Anhanguera, nº 18 - Vila Mathias, Santos - S.P. CEP 11013-440;
. telefone para contato: (13) 981416395.
. e-mail: gravurar@gmail.com

RECIPROCIDADE:
. voluntária e isenta de ônus;
. material necessário: será fornecido pelo Gravurar

ESCOTEIRO INSCRITO:
. grupo:
. patrulha:
. escoteiro:
. endereço:
. telefone:
. assinatura do escoteiro:
. assinatura do responsável legal do escoteiro:

* Ricardo Rutigliano Roque - autor, curador e produtor cultural de:
a) Caminhada Poética à Saturnino de Brito, que une:
b) Ágora Caiçara - Concha Acústica, instalado em 2017 no palco Zéllus Machado, e 
c) Ágora Caiçara - Pinacoteca Benedicto Calixto, em construção para 2018; moderador de grupo no facebook
d) Acervo dos Escritores Santistas, 
e) Mulher Caiçara onde Estiver e
f) Cultura Caiçara e editor do blog
g) Acervo dos Escritores Santistas, e produtor e responsável por programas e eventos decorrentes.
e-mail: ricardorutiglianoroque@yahoo.com.br
tel. (13)98155-5544.

domingo, 16 de julho de 2017

Calendário do Acervo dos Escritores Santistas e este em pré reunião.

                                                          Santos, 16 de julho de 2017.
Àquele(a) autor(a)/leitor(a) Acervo.

Assunto: Calendário do Acervo dos Escritores Santistas.
   Olá, autor(a)/leitor(a).
   Os fatos acontecidos e já previstos (*), até o momento:
. 15/03/2018: Mulher Caiçara onde Estiver, as 15:00h.
. 14/07/2018: Ágora Caiçara - Caminhada à Saturnino de Brito, as 10:00h (**).
   Diante disso reunir. Que tal!?
Ricardo Rutigliano Roque nos 153 anos de nascimento de Saturnino de Brito - 14/07/2017, em comemoração no Ágora Caiçara e Caminhada Poética à Saturnino de Brito, do Acervo dos Escritores Santistas, Mulher Caiçara onde Estiver, Cultura Caiçara e Programa de Saúde Ambiental.
tel. (13)98155-5544.

* pré-reunião, de construção de pauta, com sua sugestão à propriamente dita (quiçá na biblioteca Mário Faria), agora no "Clube do Choro": das 20:00 as 22:00h dessa quinta-feira - 20/07/2017, à rua XV - em frente à Bolsa do Café;

** http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2017/07/agora-caicara-caminhada-poetica.html

Ágora Caiçara - Caminhada Poética à Saturnino de Brito, em mídia impressa.

"ÁGORA CAIÇARA - CAMINHADA POÉTICA À SATURNINO DE BRITO / 2017.
"153 ANOS. Passeio lembra Saturnino de Brito.
O Acervo dos Escritores Santistas celebra hoje, das 10h às 13h, os 153 anos de Saturnino de Brito no evento Ágora Caiçara – Caminhada a Saturnino de Brito, que percorrerá pontos da orla como a estátua do engenheiro sanitarista, a Concha Acústica Vicente de Carvalho, Pinacoteca Benedicto Calixto, Igreja do Embaré e a Biblioteca Mário Faria (Posto 6). A partida ocorre da estátua do engenheiro, localizada na orla do Gonzaga, em frente ao número 143 da Av. Presidente Wilson. A programação terá intervenções poéticas, leitura de haicais e apresentação musical. A agenda completa pode ser conferida na página http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br " (*)

* página 3, Diário Oficial de Santos de 14 de julho de 2017.
www.santos.sp.gov.br
"Intervenção.
Ricardo Roque.
Hoje. Com o nome Ágora Caiçara - Caminhada Poética a Saturnino de Brito, o cantor e compositor preparou ação que mistura música, poesia, e intervenção urbana, com a participação de outros artistas. Começa às 10 horas, na estátua de Saturnino de Brito (orla do Gonzaga), passando pela Concha Acústica, Pinacoteca Benedicto Calixto, Igreja do Embaré e Biblioteca Mário Faria (Posto 6, Aparecida). Encerra às 13 horas, na Estátua do Pescador (Ponta da Praia).
GRATUITO. ESTÁTUA DE SATURNINO DE BRITO (ORLA DO GONZAGA). EM SANTOS." (*)

* A Tribuna - jornal impresso, página C-1, sexta-feira - 14 de julho de 2017.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Ágora Caiçara na concha acústica - Caminhada Poética à Saturnino de Brito / 2017.

   Ágora Caiçara - que tal escolher o dizer, de 1 a 8, para ali você ler?
   Todos convidados.
   Entremeada sua voz ao samba de Wanderley e Moacir, amanhã no palco Zéllus Machado - concha acústica, logo após o Tai-chi-chuan de Marina Darin.
   Até lá!
Ricardo Rutigliano Roque.

Ao Saturnino de Brito, esse dizer:

1) Pensil à Ponte, o Saturnino de Brito.
Jardim dessa praia
empresta perfume.
Na Camélia há
a ternura alva,
um presente ao frio -
anuncia rega.

Em nosso sentir
evocação seca,
mas tão generoso -
traz contraste à
fala que apaixona,
para que encante.

Enquanto os barcos
levavam seus frutos,
prancheta à mão
elegante gesto -
despinguela tempo,
sobre essa passagem.

Antigo trabalho.
Regiões nativas.
O inegável une.
Nutrida ontológica!
De emaranhados
banhados, regatos.

De tão navegável,
quanto onipresente,
se presta à caminho -
nosso Mar Pequeno,
vai do continente
à ilha vizinha.

Em certeza há
viver o presente.
Transcendente sábio -
do Catiapoã
vai ao Japuí,
justo à viagem.

Sugestiva Arte
a mente sacia -
música em alma.
Flutua em bruma
o meu pensamento
matéria celeste.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/…/pensil-pont…

À sua obra mais conhecida:

2) Lebiste no Canal - Seu Porto, Meu Parto.
Retornas líquida,
carícia à ponta -
mucosa quente,
dente aporta.
Fechados olhos -
sentir-te inspira.

Querer eterno -
expiras posse.
Vai-vem da água,
presente agora,
perfume à boca,
recebes beijo.

Mitômano impõe
o querer asfalto,
a Cultura supõe
Caiçara praia
Fandango catraia,
pescar em mar alto.

Estacionar carro -
pleito tão impróprio,
cimenta canal
nariz de Pinóquio,
em destombamento
pra um rolamento.

Peixinho alerta,
comporta aberta,
vai ao oceano,
vereador bão
é aquele mano /
tombamento são.

Sêmen agiliza
pro espermatozóide,
carro paralisa -
canal com lebiste,
este ao comer larva
mosquito inexiste!

Canal referência
nossa Santos é
água com um brilho,
tenha paciência,
no jardim da praia,
querer monotrilho.

Complexo de Bárbie -
sobre o canal,
acontece nada
pra sua amada,
claudica ação
sem a sua mão.

Ida à cavaleiro,
mas é um meieiro,
todo amedrontado
se perpetuado -
estacionamento,
só apressamento.

Bizarro rato é,
bueiro pra fora/
força da maré -
canal num vulcão,
se fechado agora,
haverá pressão.

Luz resoluta -
calor o teu.
Brinco enroscado -
meu sentir frio.
Nasço de ti -
canal estreito.

Respiro-te
cama no parto -
meu mar deixado,
oceano à frente,
chego ao mundo,
meu universo.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/…/lebiste-no-…

À Vicente de Carvalho, o dizer:

3) Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.
Fica em digna postura -
pra sua alma irreprimível
remar mais do que é seu barco.

Há ousadia da maré
endereçada aos ouvintes
dentre eles está você.

Pluvial água - percepção menino,
nesse fluxo está ao adentrar
no canal do estuário, longe perto -
manobra exótica como a sua,
veia para navegação do que há,
ao passar pelo deck dos sentidos.
Até umedece a aridez -
areia em próxima praia palmilha.

Percepção há de haver que
transcreva antologia imersa
na ausência de alguns sabores.

Já que você é homenagem,
em alquimia à transformar
versos naquela maresia.

Quebrasse inércia, Vicente de Carvalho -
de pé - fronte à dureza, jardim fomenta,
ladeado em aconchego de uns traços
benedictino-calixtos em suas águas,
mar - por ambos assistido, é atlântica
desembocadura – no céu, são lonjuras.

rrr.

http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/…/atlan…


À Pinacoteca Benedicto Calixto, esse dizer:

4) Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.
Disponíveis recortes mimos,
remados pelo seu barqueiro
insubmisso aos navegantes.

Dá leitura aos cem barcos nus,
pra presenciar oceano -
sentir entregue ao olhar.

Menina em salobra mistura há,
acalentado peixinho guarú,
esta evocação de limite – mar,
circunscrito nesse avizinhamento,
mas, em maré vazante vai até
se distanciar na conquista d’água
oceânica encoberta em brumas,
em vazantes e enchentes - você.

Quebrasse inércia, Vicente de Carvalho -
de pé - fronte à dureza, jardim fomenta,
ladeado em aconchego de uns traços
benedictino-calixtos em suas águas,
mar - por ambos assistido, é atlântica
desembocadura – no céu, são lonjuras.

Mediante minha leitura,
que na rede eu sirvo a todos -
aos pressupostos mais nadantes.

Fechem essa minha janela
à nossa não cumplicidade
pra que a lua não a espie.

rrr.

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À igreja do Embaré, esse dizer:

5) Pai Nosso Pão.
Torço por sua existência,
ativa amorização,
encontro-o natureza.

Enxergo-o água –
fruído sentir,
presente-ausente.

Aromatizado,
traduzido em verbo –
emoção que vai.

Além do relicário –
está pulsante lá,
pisando a areia.

Paladar que amo,
transcende o querer,
audição do sonho.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/…/pai-nosso-p…


À biblioteca Mário Faria, esse dizer:

6) Choro na Medida.
Na travessa nua
golpeias meu sono
ao nascer da lua.
Mandas como a um cão –
num beco de rua.
Interfonas não!

Só, dentro de mim,
parece esquina.
Edifício não,
este minha sina,
pesadelo é –
vazio e de pé!

Tocas telefone
pra um zelador,
de lá não se escuta -
esta ligação:
“corra, interfona,
manda um chorão”!

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
foge do assédio.
Vizinha pergunta -
vai deixar o prédio!?

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
balança com tédio.
Vizinha pragueja -
vai quebrar o prédio!

Diante de mim
explode em ruína –
edifício sim,
assim me anima -
tão desmoronado,
choro mareado!

Areia sem luz
assim não alisa,
tamanho induz
aquece sem brisa.
Caiçara em prédio
não mora no tédio!

Diante de mim
e não tão acima
edifício sim
assim se sublima -
mais apequenado,
no choro ninado.

Roque e Mansur.

http://libertodesi.blogspot.com.br/…/08/choro-na-medida.html


Ao aquário municipal de Santos, esse dizer:

7) Ágora Caiçara.
O sol com seus raios
o filho da pesca
da praia avista.
Há sombra rasteira.
Passarinho às costas,
graveto no bico.

Cochilo na praia.
Dueto trinado
preguiça afasta.
Vir à ser menino -
voa, livre e solto,
pra que o mar ajude.

Só peixe sacia,
a fome afasta.
Mergulhão virá,
cardume, partilha.
Espuma da onda
correnteza castra.

Caiçara desnuda
o mar horizonte.
No remoto tempo,
naquele penhasco,
avista o pássaro
que mergulha n'água.

Sinal a ser dado
pro par avistado
a rede soltar -
dia à começar.
Cruzar com riqueza
meu rumo mudar.

A tarde só cai,
a lua levanta.
Portuguesa ama,
guarani à encanta.
O negro sorri
no porto caixotes.

É noite seguinte
fumaça fogueira
conversa fora ágora.
Dançar um fandango.
Tocar a rabeca
pro vento levar.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/…/agora-caica…


À estátua do pescador caiçara, esse dizer -

8) Diálogo Caiçara Navega.

   Um caiçara olha o mar. O horizonte é olhado, desde remoto tempo, pelo caiçara. Ele está sobre a ponta do penhasco, tentando avistar o pássaro, que mergulhará na água, pra saciar sua fome com o cardume. O vir-a-ser do mergulhão é o cardume - peixe a ser partilhado.
   O filho do caiçara o avista, desde a praia. As ondas estão brancas de espuma, mas há correnteza que a diminui. O Sol está com seus raios oblíquos, projetando uma sombra rasteira e preguiçosa. Um passarinho às suas costas, voa, livre e solto, com gravetos no bico, pra fazer o seu ninho.

cochilo na praia -
entre dueto de trinados
me espreguiço

   A tarde cai e o caiçara resmunga uma canção, que ninguém ouve.
- ...mar me ajude, pra com riqueza cruzar e o meu rumo mude, prum horizonte mirar.
   O sinal deixa de ser dado, na ausência de cardume, pro seu par à espera na canoa, que só aguarda pra sair à pesca.
   Fica a canoa, à beira da praia, pro dia seguinte.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/…/dialogo-cai… .

Ágora Caiçara - Caminhada à Saturnino de Brito.

ÁGORA CAIÇARA - Caminhada Poética à Saturnino de Brito. (Release).
   Instalado o Ágora Caiçara na concha acústica as 10:00h. da sexta-feira - 14/07/2017.
   Embute harmonia, proposta à Caminhada Histórica - ambas concomitantes em alguns horários e locais de passagem, essa desde a estátua de Saturnino de Brito, assim:
. 10:00h na Estátua de Saturnino de Brito: intervenção da Poética na Histórica - autoral de Ricardo Rutigliano Roque, com seu dizer - Diálogo Caiçara Navega, quiçá na voz de Edson Santana Carmo (*);
. 10:00h - na concha acústica, o Ágora Caiçara, instalado no palco Zéllus Machado:
.. Tai-chi-chuan, por Marina Darin, entremeado de leitura de haicais - antologia "Haicai Caiçara", do Grêmio de Haicai Caminho das Águas, (poesias sintéticas em três curtas linhas);
. 10:30h. - oito sambas ao vivo - violão e gaita, por Wanderley e Moacir, entremeados por oito dizeres poéticos, autorais de Ricardo Rutigliano Roque, na voz do próprio, e quiçá o último na voz de Filipe Blanco (*);
. 11:00h. dizeres espontâneos, por exemplo de escritores presentes, entre sete canções - baladas, estas reproduzidas eletronicamente, que também evoquem, preferencialmente, parcialmente as oito paradas da Caminhada Poética à Saturnino de Brito;
. 11:30h. chegada à concha dos caminhantes - Caminhada Histórica, vindos  da estátua de Saturnino de Brito, pra somar ambos caminhantes, da concha até a próxima parada - estátua de Vicente de Carvalho,
. à seguir ida à pinacoteca Benedicto Calixto - dos remanescentes da Histórica com os caminhantes da Poética, pra se refrescarem no bebedouro, etc.,
. à seguir Igreja do Embaré - na calçada central da avenida da praia, essa e as demais paradas com dizeres próprios - previstos, e quiçá alguns espontâneos;
. biblioteca Mário Faria, idem;
. aquário municipal - rampa de saída, com dizer, quiçá, na voz de Gilmar Domingos;
. estátua do pescador caiçara, com o dizer Diálogo Caiçara Navega (*), quiçá na voz de Edson Santana Carmo, aqui pela terceira vez.
   Término as 13:00h. no mais tardar.

Ricardo Rutigliano Roque nos 153 anos de nascimento de Saturnino de Brito - 24/07/2017, em comemoração no Água Caiçara e Caminhada Poética à Saturnino de Brito, do Acervo dos Escritores Santistas, Mulher Caiçara onde Estiver, Cultura Caiçara e Programa de Saúde Ambiental.
tel. (13)98155-5544.

* Diálogo Caiçara Navega. (Crônica lírica).

   Um caiçara olha o mar. O horizonte é olhado, desde remoto tempo, pelo caiçara. Ele está sobre a ponta do penhasco, tentando avistar o pássaro, que mergulhará na água, pra saciar sua fome com o cardume. O vir-a-ser do mergulhão é o cardume - peixe a ser partilhado.
   O filho do caiçara o avista, desde a praia. As ondas estão brancas de espuma, mas há correnteza que a diminui. O Sol está com seus raios oblíquos, projetando uma sombra rasteira e preguiçosa. Um passarinho às suas costas, voa, livre e solto, com gravetos no bico, pra fazer o seu ninho.
cochilo na praia -
entre dueto de trinados
me espreguiço
   A tarde cai e o caiçara resmunga uma canção, que ninguém ouve.
   - ...mar me ajude, pra com riqueza cruzar e o meu rumo mude, prum horizonte mirar.
   O sinal deixa de ser dado, na ausência de cardume, pro seu par à espera na canoa, que só aguarda pra sair à pesca.
   Fica a canoa, à beira da praia, pro dia seguinte.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/10/dialogo-caicara-navega.html .

terça-feira, 11 de julho de 2017

Canções à Saturnino de Brito - links.

Santos, 11 de julho de 2017.

Ao DD. Fábio Nunes - Secretário de Cultura de Santos
a/c DD Simone.

Assunto: Gravações / Paulo - técnico de som / reproduzir em Concha Acústica / Saturnino de Brito.

Olá Simone.

   Faria o favor de compartilhar, esses links (*) com o Paulo - técnico de som, para ele ver a qualidade se compatível com a aparelhagem disponível na concha acústica, já para a reunião nessa quarta-feira, agendada para as 15:30h, e salvá-las para tal?
   Grato, antecipadamente, me despeço.
Ricardo Rutigliano Roque nos 153 anos de nascimento de Saturnino de Brito, em comemoração - Caminhada Poética, do Acervo dos Escritores Santistas, Mulher Caiçara onde Estiver, Cultura Caiçara e Programa de Saúde Ambiental.
tel. (13)98155-5544.

* Olá Paulo!
   Favor ver a qualidade, dessas gravações linkadas, Paulo, e especial obséquio de salvá-las pra reproduzir amanhã, na concha, em teste.
   Necessária amplificação de violão, plugado por cabo do próprio músico, e microfone ergonômico para a gaita.
   Grato. 
Ricardo Rutigliano Roque nos 153 anos de nascimento de Saturnino de Brito, em comemoração - Caminhada Poética, do Acervo dos Escritores Santistas, Mulher Caiçara onde Estiver, Cultura Caiçara e Programa de Saúde Ambiental.
tel. (13)98155-5544.

1) Minha Antropofágica Santos - na "estátua do Saturnino de Brito" -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/minha-antropofagica-santos 

2) Gratidão no Sarau, na "concha acústica" - https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/gratidao-no-sarau2 

3) Brincante Charleaux, na "estátua do Vicente de Carvalho" - 
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/brincante-charleaux

4) Uma Santos, na "Pinacoteca Benedicto Calixto" -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/uma-santos-2 

5) Epitáfio de Amor Filial, na "igreja do Embaré" -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/epitafio-de-um-amor-filial

6) Choro na Medida, na "biblioteca Mário Faria" -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/choro-na-medida 

7) Rebocar o Navio, no "aquário municipal de Santos" - 
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/reboca-o-navio

8) Caiçara Poética, na "estátua do pescador caiçara" -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/caicara-poetica

sábado, 8 de julho de 2017

Saturnino de Brito - 153 anos, ensaio e evento/2017.

   Dizer e canção autorais, seus ou os já disponíveis - à livre escolha, para o evento (*), e ensaio (**), na Caminhada Poética à Saturnino de Brito/2017, junto ou dentro da concha acústica, as 10:00h. de sexta-feira - 14/07/2017, nos 153 anos de seu nascimento.

* 1 - 8 na concha acústica, ou cada uma delas em cada parada da Caminhada Poética:

1) Minha Antropofágica Santos - "na" estátua do Saturnino de Brito -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/minha-antropofagica-santos

Ao Saturnino de Brito, esse dizer:
1') Pensil à Ponte, o Saturnino de Brito:
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/06/pensil-ponte-saturnino-de-brito.html?m=1

2) Gratidão no Sarau, "na" concha acústica - https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/gratidao-no-sarau2

À concha acústica, esse dizer:
2') Lebiste no Canal - Seu Porto, Meu Parto:
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/06/lebiste-no-canal-seu-porto-meu-parto.html?m=1

3) Brincante Charleaux, "na" estátua do Vicente de Carvalho -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/brincante-charleaux

À Vicente de Carvalho, esse dizer:
3') Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.
http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/04/atlantica-desembocadura-rumo-ao-barco.html

4) Uma Santos, "na" Pinacoteca Benedicto Calixto -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/uma-santos-2

À Pinacoteca Benedicto Calixto, esse dizer:
4') Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.
http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/04/atlantica-desembocadura-rumo-ao-barco.html

5) Epitáfio de  Amor Filial, "na" igreja do Embaré -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/epitafio-de-um-amor-filial

À igreja do Embaré, esse dizer:
5') Pai Nosso Pão.
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2015/11/pai-nosso-pao.html?m=1

6) Choro na Medida, "na" biblioteca Mário Faria -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/choro-na-medida

À biblioteca Mário Faria, esse dizer:
6') Choro na Medida.
http://libertodesi.blogspot.com.br/2016/08/choro-na-medida.html

7) Rebocar o Navio, "no" aquário municipal de Santos -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/reboca-o-navio

Ao aquário municipal de Santos, esse dizer:
7') Diálogo Caiçara Navega.
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/10/dialogo-caicara-navega.html .

8) Caiçara Poética, "na" estátua do pescador caiçara -
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/caicara-poetica

À estátua do pescador caiçara, esse dizer -
8') Ágora Caiçara.
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/06/agora-caicara.html?m=1

** Lidos dizeres e cantadas canções, quiçá, por outras vozes. Ensaio na terça feira - 11/07/2017, das 18:00h as 18:30h, a partir da padaria Tocantins - esquina da Goiás com Tocantins, e dali a lugar restritivo.
   Convidada(o) também com o seu pertinente dizer e canção.
   Se mambembe de ônibus de um ponto a outro, já no evento, em 14/07/2017, as 10:00h. junto à concha acústica, pra engrossar a fileira da caminhada histórica, vinda à concha desde a estátua do Saturnino.
   Que tal?
   Abraço poético musical!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Apoio em transporte - Seletivo Turístico / caminhada poética à Saturnino de Brito.

Caminhada poética evoca Saturnino de Brito.
Santos, 05 de julho de 2017.
Ao Secretário de Cultura de Santos -
DD. Fábio Nunes.
a/c DD. Solange.
Assunto: apoio - transporte em Seletivo Turístico, à caminhada poética - assim motorizada, em aniversário de Saturnino de Brito - 153 anos, na sexta-feira - 14/07/2017, as 10:30h junto à estátua desse, no José Menino, até chegar à do pescador caiçara - Ponta da Praia, com término previsto as 13:00h.
   Proposto, aqui e assim, diligência junto ao Seletivo Turístico de Santos, sobre a possibilidade de eventual presença de veículo, para uso como meio de transporte, para a caminhada poética, que passaria à motorizada, frente à distância e calor do horário - 11:00h., e término previsto para as 13:00h.
   Que tal pareceria, se arcado por cada um dos partícipes?
   Agradecido aguarda-se.
Ricardo Rutigliano Roque, tel (13)98155-5544 - antigo co-participante e autor poético em 2014 - primeira comemoração, à época junto da estátua do pescador caiçara (em apoio à iniciativa de Edson Santana Carmo do Instituto Histórico e Geográfico de Santos), autor do grupo de relacionamento social Cultura Caiçara, e autor em 2017 - também do Acervo dos Escritores Santistas e Mulher Caiçara onde Estiver.
*
Ao Seletivo Turístico.
Assunto: dia 14/07/2017 - 6a. feira, as 11:00h. em diante, em comemoração aos 153 anos do nascimento de Saturnino de Brito.
   À partir do interesse, na hora e individual de cada participante, desde o início, em:
1) estátua deste no jardim da praia do José Menino, parando na
2) concha acústica - canal 3, também em Santos,
3) estátua de Vicente de Carvalho, no Boqueirão,
4) pinacoteca Benedicto Calixto,
5) igreja do Embaré,
6) biblioteca Mário Faria - posto 5 de salvamento na praia da Aparecida,
7) aquário municipal e
8) estátua do pescador caiçara.
   Uso do sistema de seu auto falante - música desde iphone, e microfone ao dizer poético, tudo autoral desse proponente - Ricardo Rutigliano Roque, que pagaria o próprio bilhete, individual, assim como cada passageiro interessado, respectivamente arcaria.
   Aguardo sua resposta. Antecipadamente grato, me despeço.
   Antecipadamente grato, me despeço.
Ricardo Rutigliano Roque, tel (13)98155-5544 - antigo co-participante e autor poético em 2014 - primeira comemoração, à época junto da estátua do pescador caiçara (em apoio à iniciativa de Edson Santana Carmo do Instituto Histórico e Geográfico de Santos), autor do grupo de relacionamento social Cultura Caiçara, e autor em 2017 - também do Acervo dos Escritores Santistas e Mulher Caiçara onde Estiver.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Caminhada poética evoca Saturnino de Brito.

Santos, 04 de julho de 2017.
Proponho, Edson Santana Carmo, reforço à diligência (*),  junto ao Bondinho City Tour da Praia Grande, de pesquisa de eventual presença de veículo, para uso como meio de transporte, para a caminhada poética,  que passaria à motorizada, frente à distância e calor do horário - 11:00h.
Que tal pareceria a cada um dos partícipes?
Agradecido aguarda-se.
Ricardo Rutigliano Roque - desde 2014 co-participante.
*
Ao Bondinho City Tour da Praia Grande.
Assunto: dia 14/07/2017 - 6a. feira, as 11:00h. em diante, em comemoração aos 153 anos do nascimento de Saturnino de Brito.
À partir do interesse, individual de cada participante, desde o início, em:
1) estátua deste no jardim da praia do José Menino, parando na
2) concha acústica - canal 3, também em Santos,
3) estátua de Vicente de Carvalho, no Boqueirão,
4) pinacoteca Benedicto Calixto,
5) igreja do Embaré,
6) biblioteca Mário Faria - posto 5 de salvamento na praia da Aparecida,
7) aquário municipal e
8) estátua do pescador caiçara.
Uso do sistema de seu auto falante - música desde iphone, e microfone ao dizer poético, tudo autoral desse proponente - Ricardo Rutigliano Roque, tel (13) 98155-5544, que pagaria o próprio bilhete, individual, assim como cada passageiro interessado, respectivamente arcaria.
Aguardo sua resposta. Antecipadamente grato, me despeço.

sábado, 1 de julho de 2017

Performance à Saturnino de Brito em 2017.

   Aberto estaria à Arte, a seu artista e à respectiva performance, cada espaço abaixo elencado, à evocação de Saturnino de Brito. Dia 14/07/2017 as 10h. - sexta-feira, à partir da estátua do mesmo, no jardim da praia do José Menino. Quiçá em 2018 passe a padrinho, com seu coletivo, de patrulhas escoteiras, se aceita tal atividade em seu ENDABA - reunião decisória de início de ano.
   Que tal?
   Aguardo manifestação individual sobre o que poderia pormenorizar, se advir eventuais interesses, das tratativas de uso dos arredores de: estátuas - pescador caiçara, Saturnino de Brito e Vicente de Carvalho, concha acústica, pinacoteca Benedicto Calixto, igreja do Embaré, biblioteca Mário Faria e aquário.
   Gratidão antecipada.
Ricardo Rutigliano Roque - moderador e autor da proposta e do Acervo dos Escritores Santistas.

Parque Ecológico do Tietê.

Parque Ecológico do Tietê.

P onhas
A li
R elutância
Q uerida,
U ltimas
E la -

E nobrecida
C arência,
O neras
L ógica,
O rnas
G randeza,
I maginária
C analizada,
O riunda,

D eterminada
O utrora.

T ua
I tinerância
E lege
T ua
E ternidade.

rrr.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Kigos ao Saturnino de Brito, com Tai-chi-chuan, na concha acústica.


Santos, 28 de junho de 2017,
Assunto: Haicais nos 153 anos do nascimento de Saturnino de Brito, em sincronia com Tai-chi-chuan, ao microfone da concha acústica Zéllus Machado, na sexta-feira, dia 14/07/2017, as 10:00h.
   Olá, Roberto e antigos convivas do Grêmio de Haicais Caminho das Águas.
   Seu Haicai seria bem-vindo, sexta-feira as 10:00h. - 14/07/2017, ao integrar a comemoração à Saturnino de Brito, em seus 153 anos de nascimento, nesse convite feito, extensivo à minha performance, pelo Edson Santana Carmo do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, na concha acústica Zellus Machado. 
   Durante meia hora estariam em sincronia com o gestual de Tai-chi-chuan (este que evocaria seu dizer em Haicai), da turma de alunos da professora Celinha, o seu sentir lapidado no Grêmio de Haicai Caminho das Águas, que se traduzisse na sutil performance e longe de redundar, em sua voz poética por quem o diga ao microfone, ali ao evocar, assim, a obra maior em Santos - os canais desse engenheiro sanitarista.
   Integrados estariam, à caminhada poética, desde sua estátua, onde teria sido evocada sua Ponte Pensil, rumo à estátua de seu amigo Vicente de Carvalho, Pinacoteca Benedicto Calixto, Igreja Santo Antônio do Embaré, Biblioteca Municipal Mário Faria, terminando junto à estátua do pescador caiçara as 13:00h. (* - postagem e comentário em blog).
   Que tal?
   Grato.
   Ricardo Rutigliano Roque - autor dessa caminhada poética.
   tel. (13)98155-5544.

sábado, 24 de junho de 2017

Programa de Saúde Ambiental, autoral, em evidência.

Com abertura à dizeres, inclusa a demanda em interdisciplinar postura - Saúde Ambiental, pertinente tanto à Cultura, quanto à Saúde, Meio Ambiente, Educação, Cidades e quiçá à Agricultura, quando emerge em pergunta, registrada em foto - anexa, denotada pelo autor de requerido programa - Ricardo Rutigliano Roque.

"Colaborei nesta última quarta' - 21/06/2017, 'com a organização do Encontro Técnico de Cultura da Baixada Santista, que alcançou mais de 110 inscritos no Teatro Braz Cubas. O objetivo foi cumprido no sentido de reiniciar as discussões de políticas culturais entre gestores municipais e artistas num caráter regional.

No decorrer do evento, a previsão da ampliação do Circuito Cultural Paulista (APAA) de 4 para 7 cidades da região, além da proposta da Semana de Gestão e Políticas Culturais (Itaú Cultural), ambas ações gratuitas à comunidade a partir do próximo semestre.

Já em médio prazo, com os painéis, as secretarias de Cultura se alinham aos modelos apresentados de mapeamento (Secultur Sorocaba e SESC Santos), itinerância artística (Agemcamp), monitoramento e transparência (Secretaria da Cultura do Estado de SP). Ainda, a partilha de referências durante a iniciativa, como o detalhamento do Fundo Nacional de Cultura (MinC)." - Lincoln Spada.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Saturnino de Brito na Concha Acústica - 14/07/2017.

Santos, 23 de junho de 2017.
Ao Secretário de Cultura de Santos
DD. Fábio Nunes
a/c DD. Simone.

Assunto: Saturnino de Brito - aniversário, 1864-2017, 153 anos de seu nascimento, em 14 de julho de 2017, após caminhada desde sua estátua, na Concha Acústica - Zellus Machado, iniciada na manhã, da efeméride, para o almoço - 10:00-13:00h.

   Previsto uso, na concha acústica Zellus Machado, de:
. palco e aparelhagem de som - voz e violão, para:
.. Choro - Lebiste no Canal - seu Porto, meu Parto (Roque e Mansur), vide mais abaixo;
. espaços para:
.. performance de Tai-chi-chuan - professora Celinha, contratada da Prefeitura Municipal de Santos;
.. dizeres, presenciais ou referenciados, do Grêmio de Haicai Caminho das Águas, que se reúne no SESC-Santos.
   Previsão de conteúdo e pontos de parada em caminhada poética:
Junto à estátua de Saturnino de Brito, esse dizer proposto junto ao Edson Santana Carmo, do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, as 10:00h:

1) Pensil à Ponte, o Saturnino de Brito.

Jardim dessa praia
empresta perfume.
Na Camélia há
a ternura alva,
um presente ao frio -
anuncia rega.

Em nosso sentir
evocação seca,
mas tão generoso -
traz contraste à
fala que apaixona,
para que encante.

Enquanto os barcos
levavam seus frutos,
prancheta à mão
elegante gesto -
despinguela tempo,
sobre essa passagem.

Antigo trabalho.
Regiões nativas.
O inegável une.
Nutrida ontológica!
De emaranhados
banhados, regatos.

De tão navegável,
quanto onipresente,
se presta à caminho -
nosso Mar Pequeno,
vai do continente
à ilha vizinha.

Em certeza há
viver o presente.
Transcendente sábio -
do Catiapoã
vai ao Japuí,
justo à viagem.

Sugestiva Arte
a mente sacia -
música em alma.
Flutua em bruma
o meu pensamento
matéria celeste.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/?m=1

Previsão de conteúdo e ponto de parada, na Concha Acústica Zellus Machado, após saída da estátua de Saturnino de Brito, esse dizer proposto - quiçá cantado, combinado com DD. Sr. Edson Santana Carmo, do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, as 11:00h:

2) Lebiste no Canal - Seu Porto, Meu Parto.

Retornas líquida, 
carícia à ponta - 
mucosa quente,
dente aporta.
Fechados olhos - 
sentir-te inspira.

Querer eterno - 
expiras posse.
Vai-vem da água, 
presente agora, 
perfume à boca, 
recebes beijo.

Mitômano impõe
o querer asfalto,
a Cultura supõe
Caiçara praia
Fandango catraia,
pescar em mar alto.

Estacionar carro -
pleito tão impróprio,
cimenta canal
nariz de Pinóquio,
em destombamento
pra um rolamento.

Peixinho alerta,
comporta aberta,
vai ao oceano,
vereador bão
é aquele mano /
tombamento são.

Sêmen agiliza
pro espermatozóide,
carro paralisa -
canal com lebiste,
este ao comer larva
mosquito inexiste!

Canal referência
nossa Santos é
água com um brilho,
tenha paciência,
no jardim da praia,
querer monotrilho.

Complexo de Bárbie -
sobre o canal,
acontece nada
pra sua amada,
claudica ação
sem a sua mão.

Ida à cavaleiro,
mas é um meieiro,
todo amedrontado
se perpetuado -
estacionamento,
só apressamento.

Bizarro rato é,
bueiro pra fora/
força da maré -
canal num vulcão,
se fechado agora,
haverá pressão.

Luz resoluta - 
calor o teu. 
Brinco enroscado - 
meu sentir frio.
Nasço de ti - 
canal estreito.

Respiro-te
cama no parto -
meu mar deixado,
oceano à frente,
chego ao mundo,
meu universo.

rrr.

Previsão de conteúdo e ponto de parada, após saída da Concha Acústica Zellus Machado, junto à estátua de Vicente de Carvalho esse dizer proposto, combinado com DD. Sr. Edson Santana Carmo, do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, as 12:00h:

3) Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.

(Vicente de Carvalho - 1866, já com 151 anos de seu nascimento, em 05 de abril, extensivo ao Benedicto Calixto - 1853, próximo de seus 164 de seu nascimento, 14 de outubro).

Fica em digna postura -
pra sua alma irreprimível 
remar mais do que é seu barco. 

Há ousadia da maré 
endereçada aos ouvintes 
dentre eles está você. 

Pluvial água - percepção menino, 
nesse fluxo está ao adentrar 
no canal do estuário, longe perto - 
manobra exótica como a sua, 
veia para navegação do que há, 
ao passar pelo deck dos sentidos. 
Até umedece a aridez - 
areia em próxima praia palmilha. 

Disponíveis recortes mimos, 
remados pelo seu barqueiro 
insubmisso aos navegantes. 

Dá leitura aos cem barcos nus, 
pra presenciar oceano - 
sentir entregue ao olhar.

Menina em salobra mistura há, 
acalentado peixinho guarú, 
esta evocação de limite – mar, 
circunscrito nesse avizinhamento, 
mas, em maré vazante vai até 
se distanciar na conquista d’água 
oceânica encoberta em brumas, 
em vazantes e enchentes - você. 

Percepção há de haver que 
transcreva antologia imersa 
na ausência de alguns sabores. 

Já que você é homenagem, 
em alquimia à transformar 
versos naquela maresia. 

Quebrasse inércia, Vicente de Carvalho - 
de pé - fronte à dureza, jardim fomenta, 
ladeado em aconchego de uns traços 
benedictino-calixtos em suas águas, 
mar - por ambos assistido, é atlântica 
desembocadura – no céu, são lonjuras. 

Mediante minha leitura, 
que na rede eu sirvo a todos - 
aos pressupostos mais nadantes. 

Fechem essa minha janela 
à nossa não cumplicidade 
pra que a lua não a espie. 

Ricardo Rutigliano Roque - http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/04/atlantica-desembocadura-rumo-ao-barco.html

Extensão proposta - previsão de conteúdo e ponto de parada, após saída da estátua de Vicente de Carvalho esses dizeres propostos, combinados com DD. Sr. Edson Santana Carmo, do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, até as 13:00h, passando pela igreja do Embaré, biblioteca Mário Faria, terminando na estátua do pescador caiçara, assim:

(Junto à Igreja do Embaré, esse dizer - proposto).

4) Pai Nosso Pão.

Torço por sua existência,
ativa amorização,
encontro-o natureza.

Enxergo-o água –
fruído sentir,
presente-ausente.

Aromatizado,
traduzido em verbo –
emoção que vai.

Além do relicário –
está pulsante lá,
pisando a areia.

Paladar que amo,
transcende o querer,
audição do sonho.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2015/11/pai-nosso-pao.html?m=1

Junto à Igreja biblioteca Mário Faria, esse dizer - proposto.

5) Choro na Medida.

Na travessa nua
golpeias meu sono
ao nascer da lua.
Mandas como a um cão –
num beco de rua.
Interfonas não!

Só, dentro de mim,
parece esquina.
Edifício não,
este minha sina,
pesadelo é –
vazio e de pé!

Tocas telefone
pra um zelador,
de lá não se escuta -
esta ligação:
“corra, interfona,
manda um chorão”!

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
foge do assédio.
Vizinha pergunta -
vai deixar o prédio!?

Músico acordado -
com sono atrasado.
Pijama amassado
balança com tédio.
Vizinha pragueja -
vai quebrar o prédio!

Diante de mim
explode em ruína –
edifício sim,
assim me anima -
tão desmoronado,
choro mareado!

Areia sem luz
assim não alisa,
tamanho induz
aquece sem brisa.
Caiçara em prédio
não mora no tédio!

Diante de mim
e não tão acima
edifício sim
assim se sublima -
mais apequenado,
no choro ninado.

Roque e Mansur.

http://libertodesi.blogspot.com.br/2016/08/choro-na-medida.html

Junto à estátua do pescador caiçara, Edson Santana Carmo, esses dizeres - propostos.

6) Diálogo Caiçara Navega. (Crônica lírica).
 
   Um caiçara olha o mar. O horizonte é olhado, desde remoto tempo, pelo caiçara. Ele está sobre a ponta do penhasco, tentando avistar o pássaro, que mergulhará na água, pra saciar sua fome com o cardume. O vir-a-ser do mergulhão é o cardume - peixe a ser partilhado.
   O filho do caiçara o avista, desde a praia. As ondas estão brancas de espuma, mas há correnteza que a diminui. O Sol está com seus raios oblíquos, projetando uma sombra rasteira e preguiçosa. Um passarinho às suas costas, voa, livre e solto, com gravetos no bico, pra fazer o seu ninho.
cochilo na praia -
entre dueto de trinados
me espreguiço
   A tarde cai e o caiçara resmunga uma canção, que ninguém ouve.
   - ...mar me ajude, pra com riqueza cruzar e o meu rumo mude, prum horizonte mirar.
   O sinal deixa de ser dado, na ausência de cardume, pro seu par à espera na canoa, que só aguarda pra sair à pesca.
   Fica a canoa, à beira da praia, pro dia seguinte.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/10/dialogo-caicara-navega.html .

7) Ágora Caiçara (Choro sem musicação -ainda).

O sol com seus raios
o filho da pesca
da praia avista.
Há sombra rasteira.
Passarinho às costas,
graveto no bico.

Cochilo na praia.
Dueto trinado
preguiça afasta.
Vir à ser menino -
voa, livre e solto,
pra que o mar ajude.

Só peixe sacia,
a fome afasta.
Mergulhão virá,
cardume, partilha.
Espuma da onda
correnteza castra.

Caiçara desnuda
o mar horizonte.
No remoto tempo,
naquele penhasco,
avista o pássaro
que mergulha n'água.

Sinal a ser dado
pro par avistado
a rede soltar -
dia à começar.
Cruzar com riqueza
meu rumo mudar.

A tarde só cai,
a lua levanta.
Portuguesa ama,
guarani à encanta.
O negro sorri
no porto caixotes.

É noite seguinte
fumaça fogueira
conversa fora ágora.
Dançar um fandango.
Tocar a rabeca
pro vento levar.

rrr.

http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2017/06/agora-caicara.html?m=1

Obs: por questão de tempo poderá ser dito, preservado apenas o início junto à estátua de Saturnino de Brito, os demais dizeres - (3-7), previstos para além da concha acústica Zellus Machado, nesta própria.

Ricardo Rutigliano Roque - autor do conteúdo poético, do Programa de Saúde Ambiental - requerido à Prefeitura Municipal de Santos e de São Vicente, assim como do grupo de relacionamento social - em sua digital forma, Grêmio de Haicai Caminho das Águas - com reuniões presenciais no SESC - Santos, do Acervo dos Escritores Santistas, digitalmente aglutinado com acervo físico na biblioteca Mário Faria, assim como Mulher Caiçara onde Estiver.

Contato tel. (14)98155-5544