quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Convite à celebração: Mulher Caiçara, evento (15/03-4a.f.) e pré (03/01/2017-3af. e dia 09-2a.f).

Santos, 22 de dezembro de 2016.
Aos DD. Escritor Santista e seus respectivos leitores.

Assunto: convite a pré evento (* - *') e evento (**) à Mulher Caiçara.
Convido-os, senhores escritor e leitores, a presenciais participações:
* Pré evento - então:
. dia 3 - 3a f., as 3h no posto 6 - na biblioteca Mário Faria, e no:
. dia 9 - 2a.f., as 2h, atrás do museu - no Instituto de Pesca. Que tal!?
Inté lá, com pleito junto ao Museu de Pesca, de acesso aos espaços, para assim estudá-los, em caminhada entre espaços legitimados por já utilização nesses 25 anos passados, abaixo relacionados, com seguinte contexto:
. espaço,
.. referência,
... vertente caiçara ali representada, e
.... coletivo - convidado e/ou confirmado:
1) . posto de salvamento 6 - seu entorno, e interior - biblioteca Mário Faria;
.. autoral Acervo dos Escritores Santistas,
... vertente européia,
.... confirmado: derivado do CPL - Poetas do Litoral, e convidado: Percutindo Mundos;
2) . Museu de Pesca,
.. palco de autoral média metragem - áudio visual (***)
... vertente africana;
.... confirmado: Sarau das Ostras ampliado, e Genoma;
3) . Fortaleza da Barra Grande,
.. pintura do monumento no escotismo,
... vertente guarani,
.... convidado: Pau a Pique;
4) . Pinacoteca Benedicto Calixto,
.. oficinado em produção cultural - da PAGU, ministrado por Fábio Luiz Salgado,
... vertente nau inglesa;
.... convidado Morvan - grupo escoteiro;
5) . Estação da Cidadania,
.. oficinas literárias, diversas, frequentadas,
... vigia local,
.... convidada Fernanda Portolani com cópia via in box ao Luiz Soares de Lima.
** Evento:
 Em 15/03/2017 - Dia da Mulher Caiçara:
.. manhã - acesso ao anfiteatro, para oficina de projeto, no Museu de Pesca, ou sala da Estação da Cidadania (solicitados espaços - via e-mail), em mesa composta pela Fernanda Portolani com assento no CMDCA - Conselho da Defesa da Criança e Adolescente de Santos, e oficineiro contemplado por destinação de I.R. pessoa física - https://www.facebook.com/groups/817428268379774/permalink/1176668959122368/
 a projeto em entidade cadastrada - para tal Arte;
.. tarde - acesso ao anfiteatro se chuva, do Museu de Pesca, para dinâmicas enxutas, e/ou externas para:
... prosopopéias em roda, de cada coletivo - da vertente africana, guarani e européia, da Cultura Caiçara, e personas históricas da Literatura (Polianteia Santista),
... ao escurecer: escadaria frontal, para prosopopéia aglutinadora dessas três vertentes, quiçá com amplificação sonora e iluminação - em apoio do próprio Museu de Pesca, dos elementos a ganharem voz: baleia do primeiro andar, Fortaleza - ao menos do lado de Santos, inclusa do outro lado - se permitida pela semafórica da Marinha do Brasil, céu, lua, capela, mar, Iemanjá, nau espanhola, nau inglesa e vigia local,
... mesas colocadas, no corredor coberto, entre os batentes das portas dos laboratórios para:
.... (re)lançamento de livros.
Que tal?
Grato.
Ricardo Rutigliano Roque - autor e produtor cultural, em parceria.
Tel. (13)98155-5544.
ricardorutiglianoroque@yahoo.com.br

*' Em informal conversa com dois experientes escoteiros - pai e filho, em oportunidade única, em pré evento para adequação de criativas participações em Arte, à segurança no uso de espaços - ao redor do posto 6, biblioteca Mário Faria, Museu de Pesca, Fortaleza da Barra Grande e área externa da Pinacoteca Benedicto Calixto.

**
. Panda e Ludimar - Sarau das Ostras, e Fernandes - iniciador desse coletivo ampliado,
. Juliana e Rodrigo - Genoma,
. Carmine e Aline Jozala -  Registro de Um Engano,
.. parecem imprescindíveis à reunião - produtores de conteúdo, já com presencial testemunho.
Que tal, comparecerem à reunião de 03/01/2017, desde a Mário Faria (posto de salvamento 6) - terça feira, as 15:00h, espaço previsto para:
. "Percutindo Mundos"
(1) - https://www.facebook.com/pages/Biblioteca-Municipal-mario-Farias/503638966351462 ,
e dali com ao Museu de Pesca, espaço para o
. "Sarau das Ostras" ampliado
(2) - https://www.facebook.com/pages/Museu-da-Pesca/136833469722019 ,
e Fortaleza da Barra, para o
. "Pau a Pique"
(3) - https://www.facebook.com/fortalezadabarraguaruja/
. Pinacoteca Benedicto Calixto,
. Morvan,
(4) - https://www.facebook.com/FundacaoPinacotecaBenedictoCalixto/
. Estação da Cidadania - Fernanda Portolani,
(5) https://www.facebook.com/pages/Esta%C3%A7%C3%A3o-da-Cidadania/291883347513251

1. https://www.facebook.com/percutindo.mundos.3
2. www.facebook.com/SaraudasOstras/
2'. https://www.facebook.com/teatro.genoma/
3. https://www.facebook.com/Grupo-Pau-a-Pique-1157005011036911/
4. https://www.facebook.com/55Morvan/
5. https://www.facebook.com/pages/Esta%C3%A7%C3%A3o-da-Cidadania/291883347513251

*** autoral audiovisual - Fortaleza da Barra Grande - https://www.youtube.com/watch?v=AQ4it4iXleE , (ambientado no Museu de Pesca em sua maior parte).

domingo, 4 de dezembro de 2016

Acervo dos Escritores Santistas e Caiçaras.

Coerência presente no Sarau das Ostras, enaltecida com ousadia poética, como furão em festa fechada aos apenas amigos, agora aberta à parceira postura, na casa de dedilhados livros, ao derrubar a imposta divisa geopolítica, prevalecido o Cultural em vertentes, ao transformar o retangular campo de futebol, presente sob a visão torcida da pescaria, ali em retorcida água, com protagonizada ética. Novo espaço, em meio à consagrada leitura atenta, já desapegada, em oferta acessível.
 Em caso de chuva, quiçá no jardim de inverno, nos fundos do Museu de Pesca, autorizado pensar pela historicidade, protegido em conversa de assemelhados lobinhos de Baden Powell ali estiveram - longe da ordem unida que comungam os dois coletivos, e se seco na fortaleza como escoteiros que a alisaram em meio a pincéis e cal.
Gratidão à cada um que ali levar, na voz de partilhada proteção contra o ataque corsário, agora em partilha não do que antes era sobejamente tentado saquear, mas do que agora é partilhado, antes calado, perto de seus canhões, no dizer celebrado em prosopopeico, ontem predito, quiçá em livros lançados com cheiro de novo, pra voltar depois ao Sêbo Café, já com cheiro do leitor, inteirado na cauda de vestido de noiva, no rastro do perpetuado romântico já compartilhado, ao tirar o pó que mistifica, mais clareado pela água que banha cada destino caminhado.
Deixado aqui em mural, pra edição por cada par, lavrado pelo punho apalavrado com o sentir, avesso ao cartorial.
Ricardo Desnudo, do Acervo dos Escritores Santistas e Caiçaras.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dia da Mulher Caiçara - convite.

Mata Atlântica, 01 de dezembro de 2016.

Assunto: Dia da Mulher Caiçara - celebração em prosopopéia e certame literário em prosa.

Questionada, você responderia assertivamente a qual pergunta - abaixo?
. Onde suas antepassadas estavam em 1584?
.. Na Europa venerando à Deus?
.. Na África cultuando Iemanjá?
.. Na Mata Atlântica em respeito à Lua?
. Onde você estará em:
.. 15 de março de 2017 - último dia da "Semana Internacional da Mulher" e primeiro da municipal "Semana da Cultura Caiçara"?
... recebendo um certificado do Acervo dos Escritores Santistas?
.... por sua prosa - Feminismo Imanente?
..... fantástica - categoria adulto?
..... simples - juvenil?
. emprestando seu dizer, em prosopopéia, na voz:
.. de qual mulher?
.. de qual das cidades caiçaras?
.. interpretada por qual dos elementos da paisagem da baía de Santos?
... Fortaleza da Barra?
... Mar?
... Céu?
... Capela?
... Baleia?
... Nau do Pirata - Edward Fenton?
... Vigia?
... Nau espanhola - Flores Valdez?
.. com qual dizer?

Ricardo Desnudo - Acervo dos Escritores Santistas, em alma grata.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Aforismos do juros e piratinha.

Aforismos:
Juros - chicote, em mãos de feitor!
Papagaio de piratinha levado à prancha, agarrado a ombro amigo, pra corsário passar em rota de cruzeiro!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Meu Jogar.

Meu Jogar.

O que você está tendo - Chape,
o seu urro, ao nascer,
sufocado agora está,
como pode esta fraqueza!?

Paro de jogar pra vida - meu velho,
agonizo estatelada,
meu coração bate fraco -
sinto o som tão ultimado.

Há embaixo de seus pés
criança que eu admiro,
lidera o caminhar,
nesse jogar já cantado.

Caminho só na vida,
antes trilhada partida!
Deixo viva a torcida,
viva, nesse amor.

Sou sua filha - torcida,
aqui fora tempestade.
Agora mesmo estou
no aroma florestal.

“Presta atenção minha querida
apesar de estar resolvida,
ouça-me bem, nesse abismo
que cavaste com os teus pés.”

Água corro em seu  campo,
que vento me asperge fora,
mas exalado, difícil,
do calor de seus galhos.

“Vou assim mesmo' meu velho
'à beira desse abismo’
sempre sinta-se querido -
‘hora da’ minha ‘partida".

Ricardo Desnudo.

domingo, 27 de novembro de 2016

Ricardo Desnudado!

É essa contação de história libertária, junto à criança vencida, que inspira um pipocar de rolha de champanhe, junto àquela vencedora!
"Santidade, hoje 200 milhões de crianças dormirão na rua. Nenhuma delas é cubana" - Fidel ao Papa.
Um narrador junto àquelas protagonistas e, sob as estrelas, pra narração daquela sob o teto que acolhe, em festa testemunha da "Casa da Vó Benedita".
Devo ter ido a lugar errado - indicado pelo motorista e confirmado pelo lavador de carro, ao bater à porta de casa recém pintada, que não portava número, placa, de paredes brancas e portas azuis, onde até pouco tempo atrás detinha um recorde de roubos, pois ostentava uma faixa com dizeres: " por favor senhor ladrão, já fomos assaltados inúmeras vezes, não nos roube novamente". Ao lado do Bradesco, na parte larga da avenida Conselheiro Nébias, em frente à Strong.
Ao menos uma porta onde bater, uma estrela pra olhar e uma festa pra almejar.
Né mêmo!?
Ricardo desnudado.

Desnudo Ricardo.

O preconceito no Brasil é de "marca" - cor da pele, diferente dos Estados Unidos - origem familiar: vide "Igreja dos Santos dos Últimos Dias" - mórmon americana, que valoriza - em microfilme, a certidão de nascimento registrada na sacristia - não havia cartório, para saber de qual linhagem descende o indivíduo: "a história só é contada pela estirpe vencedora"!
Lavar-se com um guaraná, de marca, é querer revestir-se em outra leitura, pois uma não leitura faz agir assim, como na televisão, que isto introjeta - um certo corredor de automóvel de fórmula um, tomando guaraná, estimula uma aparição "vencedora" - banho de "guaraná-champagne"! Ou não?
 O rei está nú!? Não, rasgou a roupa para escrever na pele!
Desnudo Ricardo.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Dia da Mulher Caiçara - pré-prosopopéia, em Praia Grande (1).

Sarau das Ostras - pré da prosopopéia, em Praia Grande!
Qual grão de areia, jogado ao vento, faria aqui verter lágrima em ostra, no sarau, com brilho de pérola em atlântica praia, na poética boca, em maré, dessa barra!? - Ricardo Rutigliano Roque.
"Passando só pra avisar que no dia 03 - dezembro, sábado, as 17:00h. terá o Sarau das Ostras, no espaço Sebo Café (*), R. Nicarágua, 316 - Guilhermina, Praia Grande - SP, 11702-240.
Todos estão convidados" - Kavulangi.
* "O circular 11, tb. o 17, sai do Tático e vem pela praia, descer entre os quiosques 35 e 36 que ficam próximos a rua Nicarágua que a rua do Sebo Café."- Sônia Maria Piologo e Tathy Felix.
Grato.
Ricardo Rutigliano Roque - moderador do Acervo dos Escritores Santistas e Cultura Caiçara.
http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/11/dia-da-mulher-caicara-pre-prosopopeia.html?m=1

Dia da Mulher Caiçara - pré-prosopopéia, em Santos (1).

"Noite Cultural pró Vó Benedita' - pré da prosopopéia, em Santos!
Sábado - 26 de novembro de 2016, das 18h as 22:30h, na avenida Conselheiro Nébias, 126, Santos - SP, 11015-001, Brasil.
Qual grão de areia, jogado ao vento, faria aqui verter lágrima em ostra, no sarau, com brilho de pérola em atlântica praia, na poética boca, em maré, dessa barra!? - Ricardo Rutigliano Roque.
'Aguardamos todos vocês pra apreciar a exposição e se deliciar com a música da casa da vó Benedita as 19h e com a Carla, Anderson e Carol as 20h.
R$10,00." - a/c Gonzal Fonseca.
Inté lá!
Ricardo Rutigliano Roque - moderador do Acervo dos Escritores Santistas e Cultura Caiçara.
Grato.

sábado, 19 de novembro de 2016

Dia da Mulher Caiçara - Prosopopéia à Fortaleza da Barra/2017.

Santos, 19 de novembro de 2016.
Assunto: projeção semafórica, no canal da barra, em prosopopéia à Fortaleza da Barra.

Bom dia.
Proposta específica: há holofotes, por exemplo no Forte do Itaipú, este ainda animado e justificado, para eventual parceria com o Acervo dos Escritores Santistas?
Resgate histórico - desse evento prosopopeico: foi obstado em 1991, por troca da guarda à época, mas há diurno registro, em média metragem, da referida prosopopéia, ao final da obra Fortaleza da Barra Grande - https://www.youtube.com/watch?v=AQ4it4iXleE
Ponderação: escrita evoca imagem, de personagens e cenário, pois ilustra uma narrativa, e já que é o "Poeta: pessoa com mania de comparecer aos próprios desencontros" - Manoel de Barros, nada mais pertinente.
Referência: a efeméride já foi vivenciada, na biblioteca Mário Faria, agora acrescida, no Dia da Mulher Caiçara, de celebração ao certame literário/2017 - http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/11/mulher-caicara-certame-literario-e.html?m=1
 (*)
Persona especial: há uma lembrança, natural,  da persona literária e jornalística da Helle Alves - decana da Estação da Cidadania e fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e uma das criadoras da Festa do Livro, para receber a homenagem central. Que tal?
Ponderação aos coletivos em parceria: em uma antologia há espaço, de cada coletivo, para inúmeras homenagens, o que favorece a um texto inicial, impresso em consenso, seja pelas mãos do revisor estilístico do coletivo ou a mais que duas mãos, em centralizada celebração em cada uma das antologias.
Detalhes:
O tema é: Mulher Caiçara - Feminismo Imanente.
A data é: 15 de março, quiçá, de cada ano.
Os locais - por repetição histórica, sujeito à confirmação: biblioteca Mário Faria (*) e Fortaleza da Barra Grande.
Parcerias: a proposta é focar em cada produção cultural, em parceria de cada coletivo com o Acervo dos Escritores Santistas.
Note-se, no linkado, que esse contato acontece, com cada coletivo, após presencial reunião, por exemplo a última, no Porto do Saber, portanto atual e em respeito à ordem alfabética: março em Bertioga - apenas virtualmente em 2016, e com oficinas acontecidas em abril em Cubatão, maio em Guarujá, junho em Itanhaém, agosto em Mongaguá, setembro em Peruíbe, assim avizinhados, pela literatura e agora irmanados em monumento de 1584 - época em que éramos um povoado único.
Oficinas: permaneço à disposição para repetir, em cada coletivo interessado, a mesma oficina de prosa, ( http://acervodosescritoressantistas.blogspot.com.br/2016/08/desnudo-mar-selvagem-prosa-em-projeto_13.html?m=1 ), gratuitamente, cabendo a cada um, se inspirado à tal, elaborar uma fantástica.
Que tal?
Grato eu permaneço, com suave convite, na rebentação, nadando às vezes contra corrente, mas sem fazer onda. Abraços poéticos.
Ricardo Rutigliano Roque - moderador do Acervo dos Escritores Santistas e Cultura Caiçara.

* "Semana da Cultura Caiçara inicia com evento literário'. 'A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6 da orla) recebe programação da 3ª. Semana da Cultura Caiçara, que tem início. Entrada franca. A partir das 16h, a mulher caiçara homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas. O evento, realizado na Biblioteca Mário Faria, também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher." (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Mulher Caiçara - certame literário e celebração/2017.

Santos, 14 de novembro de 2016.

Assunto: Dia da Mulher Caiçara - certame literário, já antes acontecido (*), e celebração/2017, para sua participação, seu presumido patrocínio, apoio ou observação em 15 de março de 2017.

Bom dia.
É libertária a inicial prosa (fantástica na categoria adulto e simples na jovem), e linear ao final: celebração, já em construção, aberta à conversa com Artes outras.
A participação é autoral - longe de ordem unida, individual e de preferência compilada dentro de cada coletivo em livro artesanal.
A forma prosa foi sugerida pela Maria José Goldshimidt. A data foi citada pela Catharina Apolinário. A primeira crônica de Assma Gabriela e Ricardo Rutigliano Roque. O primeiro juri pelo Marcelo Rayel Correggiari, Maurílio Campos e Sueli Aparecida Lopes. O espaço cedido pelo Raul Christiano e Fábio Nunes - Fabião, enquanto secretários da Cultura de Santos. A parceria é, com cada coletivo, aberta à criatividade, colaborativa, em mais que 4 mãos. A ideia é humanizar, poeticamente, centrada na Arte.
Detalho, um pouco mais, assim:
. o tema:
Mulher Caiçara - Feminismo Imanente.
. a data: 15 de março, quiçá, de cada ano.
. o local - por repetição histórica, sujeito à confirmação: biblioteca Mário Faria (*) e Fortaleza da Barral Grande (pintura do monumento em 1991 dentro do movimento escoteiro).
. a proposta: focar em cada produção cultural, em parceria, de cada coletivo, com o Acervo dos Escritores Santistas.
Permaneço com suave convite, na rebentação, nadando às vezes contra corrente, mas sem fazer onda.
Abraços poéticos, no aguardo.
Ricardo Rutigliano Roque - autor do evento no Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo em 1991 e no Acervo dos Escritores Santistas em 2016.
Tel. (13)98155-5544.

* "Semana da Cultura Caiçara inicia com evento literário'. 'A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6 da orla) recebe programação da 3ª. Semana da Cultura Caiçara, que tem início. Entrada franca. A partir das 16h, a mulher caiçara homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas. O evento, realizado na Biblioteca Mário Faria, também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher." (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

sábado, 13 de agosto de 2016

Desnudo Mar Selvagem - Prosa, em Projeto de Oficina e Celebração Caiçaras.

Desnudo Mar Selvagem - Prosa, em Projeto de Oficina e Celebração Caiçaras.

a) Resumo do projeto -com vistas ao PROAC- Concurso para Bolsa de Incentivo à Criação Literária no Estado de São Paulo - Prosa. 

PARA QUE: fomento à prosa caiçara, culminado com celebração da Mulher Caiçara em 15 de março - primeiro da "Semana da Cultura Caiçara", e último do "Dia Internacional da Mulher";

POR QUE: Patrimônio Cultural Imaterial – caiçara, este que demanda ser perenizado, via eventos com ferramentas paradidáticas experimentadas, para sustentabilidade de um programa, e em respeito ao preconizado na LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, pertinentes à proposta em seus artigos: Art. 21, Art. 26., § 1º , § 2o, § 4º , § 6o , Art. 26-A, § 1o, Art. 32 - I , II , III e Art. 35 - III.

POR QUEM: público em geral e crianças – também escolares do ensino básico e/ou médio;

ONDE: em bibliotecas municipais e estaduais, e escolares, da Região Metropolitana da Baixada Santista;

QUANDO: sextas-feiras, dos meses letivos, manhã e tarde;

QUANTO: pró-labore do oficineiro: artesão de oficina de capa de livro (SUTACO – Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades, nº. 78365) e prosa literária (independente), e ao exercer ou delegar as funções de revisor estilístico; de jurado e/ou organizador deste dia celebrado com concurso literário (*); de disque-jóquei de suas próprias canções na oficina; esta que demanda compra de bens duráveis – notebook e impressora, e de insumos: papel e papelão, pincéis, pó xadrez, goma-arábica, canetas e lápis; custeio de logística itinerante – gasolina; de alimentos – refeições; hospedagens – eventuais em município mais distante como Peruíbe; de confecção de cartazes e de releases para publicação em jornal de grande circulação e compra de madeira e mão francesa, verniz, pincel, parafusos, perfuradora elétrica e mão de obra – dele ou delegada, para instalar pequena prateleira como biblioteca – em escola que não a tenha, compra de um exemplar para cada escola de Haicai Caiçara - Grêmio de Haicai Caminho das Águas, ed. Vice Rei, 2012, e registro em vídeo – profissional ou caseiro, condicionado à disponibilidade orçamentária, com mostras de eventos e seus produtos.

* Prêmio - máximo: "Menção Honrosa" – como o já certificado, por júri: Marcelo Rayel Correggiari, Maurilio Campos e Sueli Ap. Lopes, à época no tema: Mulher Caiçara, no I Concurso Literário - 2016, de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas, (autoral desse proponente) na categoria adulta – 2016, (**); 

** "Semana da Cultura Caiçara inicia com evento literário'. 'A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6 da orla) recebe programação da 3ª. Semana da Cultura Caiçara, que tem início. Entrada franca. A partir das 16h, a mulher caiçara homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas. O evento, realizado na Biblioteca Mário Faria, também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher." (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

PARA QUEM: para as gerações atuais reconhecerem a existência da Cultura Caiçara, esta em suas formadoras vertentes e, assim, deixar legado às futuras.

COMO: 1) roda de leitura de trechos de romance – do oficineiro; 2) oficina de capa artesanal para constituir antologia de prosas – dos oficinantes; b) digitação e impressão dos textos – do romance e das prosas; c) edição do romance e da antologia, esta por cada coletivo oficinado, montada com capa artesanal; 3) participação individual, mediante inscrição garantidora, de cada autor de texto de tal antologia, em concurso literário de prosa; 4) aglutinação dos livros de capas artesanais das antologias em caixa de livros – dando unicidade anual ao conjunto de antologias;

b) O que será realizado? Proposta mambembe - itinerante nesse fomento à prosa, autoral desse oficineiro de prosa e capa artesanal de livro, acolhida em roda de leitura - de um capítulo do romance autoral – Desnudo Mar Selvagem, para inspirar e acolher textos de prosas escritos por seus oficinantes, em uma cidade ao mês do ano letivo, assim: Bertioga – em março, Cubatão – abril (*), Guarujá – maio (*), Itanhaém – junho (*), Mongaguá – agosto (*), Peruíbe – setembro (**), Praia Grande – outubro (**), Santos – novembro (**) e 15 de março (*), e São Vicente – em dezembro (**), para análise estilística de texto, este a ser inscrito em concurso de Literatura – de prosa, em 2017, anteriormente acontecido em crônica - 2016, com esse oficineiro de jurado, e/ou seu organizador.

* com dinâmica já acontecida em bibliotecas dessa região caiçara, com público alvo conquistado - escolares municipais e/ou estaduais, em oficina acompanhada por cada orientadora pedagógica; 

** à tratar.

Descrever: 

1) TEXTO PROPOSTO PARA RODA DE LEITURA: de concepção épica, prosaica também com prosopopeia – horizontal e ética, mas poética – vertical e estética:

. referências estéticas: 105 dizeres poéticos – verticais estéticos, evocando o lírico, conduzidos por 23 fluxos de pensamento, e 82 prosaicos – horizontais e éticos, com enredo local – lúdico e de luta de capa e espada, compilados de livros – também autorais: Em Santos, Catando Guaru - contos, livro classificado no Facult de Santos - 2011 (inédito); Fortaleza da Barra Grande - prosa, Poesia à Rua, Caiçara em Haicai, Uma Chama Atlântica, Da Mata Atlântica ao Neruda e Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - poesias, (publicados / Caiçara Catadora de Capa Artesanal) 2013-4; Mar Selvagem - romance, classificado no Prêmio SESC de Literatura - 2015 (inédito), e de outras fontes, autorais ou referenciadas – fração, entre aspas.

.. imagética: contida no dizer, e também trabalhada em filme autoral – estudo, neste em maioria de seus dizeres – autorais, e em nenhuma das músicas de terceiros – nesse filme sincronizadas: Fortaleza da Barra Grande - https://www.youtube.com/watch?v=AQ4it4iXleE

... sonoridade – em dizer autoral, e em canções autorais - para inspirar:







. bases da pesquisa:

.. ética: Charleaux – pintor caiçara;

.. histórica: 

... SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.;

... “A Tribuna” – jornal;

... DIEGUES, Antonio Carlos - antropólogo e pesquisador no departamento "Comunidades de Ambientes Úmidos", da USP - org. "Enciclopédia Caiçara";

.. poética:

... FONTES, Martins, “Indaiá” – Martins Fontes, Livro Phostumo – 1937;

.. prosaica:

... PRATA, Ranulpho - escritor: autor de “Navios Iluminados”;

.. Leitura de Apoio:

... AULETE, CALDAS – Dicionário, – 5ª. Edição, 1986 – Rio de Janeiro, Brasil;

. personagens: criança, mulher, negro e pescador caiçaras, fuligem da queima da cana de açúcar, preta nuvem, céu azul, nuvem branquinha, fumaça de fogueira, passarinho, negro caiçara, Fenton - almirante corsário inglês, capitão espanhol - de navio saqueado, Ward - vice-almirante corsário inglês, Withal - inglês local, anônimo local, emissário de Leitão - capitão mor e governador da província, Adorno – ancião local, sogro de Withal e senhor de posses, Valdez - almirante da esquadra espanhola, Higino - vice almirante da esquadra espanhola, vigia local - do morro do vigia, emissário local - do vigia, mulher caiçara, guarani, pirata, Antonio: amigo dos guaranis; dos outros nove capítulos: Barnabé, Dona Noquinha, Pedrina, Izaldo, Maria Isabel, Atílio, Américo, Dr. Hélcio, Sr. Bodega, Barbosa – reais da Praia Santa Cruz dos Navegantes e Praia do Goes, ambas do Guarujá e Manoel Januário Ferreira – de Santos, (citados, em “A Tribuna” – jornal de Santos S.P., por Nestor Jesus de Sant’Anna); 

Patrimônio imaterial: Cultura Caiçara; 

. tempo: 1584-1937-2016.

. espaço: mar, terra - Mata Atlântica, praia e céu, com seus cenários.

Revisão estilística, fazeres e consultoria previstas - junto ao autor ou do próprio.

Sinopse:

O concepto caiçara é gestado em útero da Cultura Guarani, Africana e Europeia, com nascitura presença - gestada e celeste, vivida e aqui testemunhada em dizer poético – vertical e estético, prosaico com horizontalidade ética, musicado e em fluxo de pensamento, seja no mar, na praia, na mata ou ao enxergar o céu, passando à terrana escaramuça, em costa de mar caiçara, em 1584, em defesa contra o corsário Edward Fenton, passando por 1937 em pescaria no dizer de Martins Fontes, até os dias atuais.

Primeiro ato – Concepto:

1. - Torço por sua existência, ativa amorização, encontro-a natureza. Evocada noite escura. Paladar que amo, transcende o querer, audição do sonho. Que amanheça clara. Enxergo-a água – fruído sentir, presente-ausente. Longe de entardecida. Aromatizada, traduzida em verbo – sentimento vai. Guardada no infinito. Além do relicário – está pulsante lá, pisando a areia. Torço por sua existência, Guardada no infinito. (Pescador – em dizer musicado:https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/presente-ausente-1 ) .

2. Beijo sua boca carmim sobre marfim os lábios que molhados me seduzem vizinhos à sua pele jambo (Pescador – em fluxo de pensamento).

3. De amolecida têmpera marrom e o vermelho seu charme de ferrugem no ferro corroído (Mulher – em fluxo de pensamento).

4. Sobre sua cabeça seco no forte sol o Sapé refresca (Pescador – em fluxo de pensamento).

5. Mancha no azul do céu um galho com Algodão rabisca de branco (Mulher– em fluxo de pensamento).

6. Sua delicadeza surge nesse contexto em penhasco com ar de passarinho e mergulhão olhando a praia de menino em canoa de pescador sobre mar de cardume onde a pura ação movimenta, com o sentir amoroso nessa lúdica presença que mais se aproxima da existência em ato de busca brincadeiras na mata e poesia pelas ruas interiorizam nesse movimento seu frescor sob brancos lençóis com dobras de marolas trazidas do caminho das águas mulher caiçara banha sua filha com mãos calejadas pelo tecer da rede de pesca em descanso de seu caminhar [...] no mar de diálogo vai em correnteza oceânica do viver com bucólica remada de aproximação ao horizonte incerto (Pescador – em fluxo de pensamento).

7. Gerada presentificação própria da europeia com pitadas de sonoridade africana e de plasticidade guarani com sua história fragilizada no medo imposto por incorretos mas com adquirida fortaleza disfarçada em aparência amedrontada dos corretos e longe [...] o seu mistério com quantidade de nós que permeiam a menina que escuta e cortiças que flutuem junto ao menino que lhe fale eu como personagem me sinto protagonista nessa tessitura mais coadjuvante em ondas do que como narradora em vagalhão da saudade tão desdobrados mas companheiros em degustação de maresia em rebeldia está na evocação do limite de mar circunscrito esse avizinhamento mas que em maré vazante vai até se distanciar em conquista de água oceânica coberta em brumas em vazantes e enchentes este fluxo [...] como em suas veias para percepção do que há ao passar pelo deck dos sentidos até umedecer a aridez da areia em próxima praia a partir dali palmilhada (Mulher – em fluxo de pensamento).

8. Há ambiente em roteiro desde a nascente do Tejo que a remete à Europa e à África até a Fonte de Itororó depois de percorrido o rio chamado Atlântico como sua artéria [...] é de inquietude denotada em fenomenologia de atos e de passivas percepções (Pescador – em fluxo de pensamento).

9. Vivificada memória [...] sonhado mirante do cais do Porto e praias onde os caiçaras formam quebra-cabeça em estabelecidos epicentros que seus ombros sustentam (Mulher – em fluxo de pensamento).

10. Percepção do menino em pluvial água e da menina em salobra mistura ambos acalentados como pequenos peixes guarú [...] das mais fortes ondas profundas correntezas e remansos cujas superfícies refletem como sua esperança o céu (Pescador – em fluxo de pensamento).

11. - Você traduz partido alto qual areia induz andar sem salto. Venha de longe chega mais perto sua voz é meu dado certo. Canal leva meu pensamento pra maré balançar o firmamento. A vida lá fora ao som transcendo letra atrás desse momento. (Mulher - em dizer musicado -https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/sua-musica )

12. - Canta compartilha hoje hino até antecipa, resgata rua luz, louva, emana, emoldura anterior à ulterior unidade, xamã xavante - brincante Charleaux árvore verde - sombreado chão uma folha amarelada na infância a brincadeira acontece: ninguém se amola, o brinquedo é sorridente e o brincante se apetece na adolescência o brincante extrapola, fica e namora: é mambembe como uma bola o adulto necessita de segredo: é cúmplice a olhos vistos, em olhares que o engrandeça e evitem seu degredo. Cativa colheita - hombridade hermosa, ainda acolhedora, retidão reina lida livre, embaixador emudece, àquele adianta um ultimato - xô xadrez. (Negro, em dizer musicado - https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/brincante-charleaux )

Ato contínuo - Nascituro:

13. Em frente à praia ao lado da reserva Juréia-Itatins de costas pra Mata Atlântica você meu filho mostre a mim seu pai o que vê no céu (Pescador Caiçara – em fluxo de pensamento).

14. – Ó, pai! (Criança caiçara – diz ao pescador caiçara)

15. - Sim, é uma nuvem! (Pescador – diz a seu filho)

16. - Vê, ali! (Criança – diz ao pescador)

17. - É, mudou de lugar! (Pescador – diz a seu filho)

18. - Bonita é, também, aquela! (Criança – diz ao pescador)

19. - É a branquinha! (Pescador – diz a seu filho)

20. - Parece que flutua! (Criança – diz ao pescador)

21. - Quer uma igual? Come esse doce. (Pescador - diz a seu filho)

22. - Nhac... Hummm! (Criança – diz ao pescador)

23. - É bom, né? (Pescador - diz a seu filho)

24. - Aquela é pretinha! (Criança – diz ao pescador)

25. - É, ela tem água. Toma essa água. (Pescador - diz a seu filho)

26. - Glub, glub... Hummmm! (Criança – diz ao pescador)

27. - Matou a sede, né? É a goiabada, com queijo. Romeu e Julieta, que dá sede, nessa nossa festa de Cosme e Damião. (Pescador - diz a seu filho)

28. - Você também consegue pai, se abaixar como eu, pra beber água, no rio? (Criança – diz ao pescador)

29. - Já teria me abaixado, pra pegar doce, mas aqui você recebe na mão, em festa de Cosme e Damião. (Pescador - diz a seu filho)

30. - Pai. Posso ir à casa de mãe, lá na mata, que é pra pedir água e doce? (Criança – diz ao pescador)

31. - Vai lá, filho, e suba a escada, e fora da casa, pra escolher a nuvem certa, pra desta beber, mas não faça amizade com quem deixe rastro, nesse caminho de areia. (Pescador - diz a seu filho)

32. - Subirei nessa árvore. Na água empoçada se vê o contorno, sombreado de algo, que paira no céu. (Criança – diz ao pescador)

33. - Olá preta nuvem. Você tem água pra matar minha sede? (Criança – diz à fuligem da queima de cana de açúcar)

34. - Sou nuvem preta, mas oriunda da queima das folhas da cana de açúcar. (Fuligem – diz à criança)

35. - Eu sim, sou preta nuvem, tenho água, antes de ir lá - à plantação, naquele céu azul, seco e quente. (Preta nuvem – diz à criança)

36. - Qual a velocidade, que vocês atingem? (Criança – diz à preta nuvem e à fuligem)

37. - Aquela, do vento que me traz. (Preta nuvem - diz à criança)

38. - Como você é recebida, ao ser, percebida, fuligem? (Criança – diz à fuligem)

39. - Como a um moleque, travesso, por repetidas vezes. Ela também, a preta nuvem, mas, eu apareço em duas safras por ano. (Fuligem – diz à criança)

40. - Já eu chego mais no final do verão e, por isso, molho a roupa no varal, mas, mesmo assim sou tratada como filha predileta! (Preta nuvem – diz à criança)

41. - Sou testemunha disso, ao iluminar seus caminhos, preta nuvem e fuligem. (Céu azul – diz à preta nuvem e à fuligem)

42. - E você - nuvem branquinha, sempre vem aqui? (Criança – diz à nuvem branquinha)

43. - Na ausência da preta nuvem, sim. (Nuvem branquinha – diz à criança)

44. - Nosso contraste é poesia, minha branquinha, em dias carregados de chuva. (Preta nuvem – diz à nuvem branquinha)

45. - Qual o ganho, preta nuvem, com minha prestigiosa presença, em sua orquestrada tempestade? (Nuvem branquinha – diz à preta nuvem)

46. - Poderá ver quanto os pássaros fogem, de minha chuva, coisa que você não gera – susto em passarinho. (Preta nuvem – diz à fuligem e à fumaça)

47. - Em solitária presença, essa minha, de fumaça de espantar o mosquito e, tantos são os pássaros que alçam voo, debaixo de sua chuva! (Fumaça – diz à preta nuvem)

48. - Eu queria aprender a voar com sua leveza, branca nuvem, ao descarregar toda minha água, pra poder praticar um voo de passarinho. (Preta nuvem – diz à nuvem branquinha)

49. - Os passarinhos estão com fome, com o calor de sua fumaça pra espantar o mosquito - seu alimento. (Nuvem branquinha – diz à fumaça)

50. - Mas, essa fumaça, preta contra mosquito, é leve como você – nuvem branquinha? Voa, livre, como pássaro? (Criança – diz à nuvem branquinha)

51. - Inabilitado pássaro de penas desengorduradas, pelo calor, que faz reter assim a água da chuva, caída da nuvem pretinha e essa pesa, o que lhe tira o voar (Fumaça e Fuligem – dizem à criança)

52. - Então são vocês, fumaça e fuligem, que oferecem o passarinho, de desengorduradas asas pelo clima quente, aos gatos em meio à água da pretinha? (Criança – diz à fumaça)

53. - Somos nuvens pretinhas, mas, com conteúdos e qualidades diferentes. (Fuligem, preta nuvem e fumaça– dizem à criança)

54. Diversão passageira pé d’água apaga pegadas na areia (Passarinho – em fluxo de pensamento).

55. - Oitenta Horas Semanais! Omitir-se instituirá trabalho escravo - nação títere, acorda! Honra ontológica - resistência, até sangrar! Sua existência merece atenção! Não se acorrente! Insurja-se! Sociabilize-se! Isca Viva. A linhada se enrosca nas pedras à beira mar. O peixe não sairá de seu azul acolhedor. O anzol será cognitivo - a isca ao sol se esquenta, seu cheiro seiva a vida. A água flui pra lá, oscila no horizonte, lá – onde o ar mergulha, lá – onde o mar espia, lá – onde o peixe só nada, lá – onde há pedras profundas, em seu profundo estar. (Negro caiçara – diz ao pescador)

56. O dia me é boa manhã ensolarada na praia com pequeno ao chão tão pequeno fui memória praia acompanha no baixar de cabeça pequeno foco concretude norte abstraída intrépido poema num querido convívio como me atrai contraste semente praia útero onde pequenos criam sinto a força com pequeno aos braços peso às costas qual o que, leveza sustentável demarcada na maciez das areias nuances vivenciam querer estímulo ator e cenário fundem contemporâneo e passado longe do anacronismo o amanhã todavia me é bom anoitecer enluarado mesmo só retorno elas em mim virão memórias erguidas enquanto olhar o ainda distante horizonte (Pescador - em fluxo de pensamento).

Segundo ato – Terrano:

57. - À luta! Vamos saqueá-lo! (Fenton -almirante corsário inglês- diz a seus marinheiros)

58. - Defendamo-nos do saque... o metal nobre trazido do Rio da Prata foi lavrado para a coroa espanhola. (Capitão espanhol -em navio saqueado- diz a seus marinheiros)

59. – Vencemos! Orientar a estibordo rumo a Santos... (Ward -vice-almirante corsário inglês- diz aos capitães de sua esquadra)

60. - Sendo Santos tal e qual Withal afirmou, admito que será um porto seguro para o conserto do casco e para novos saques. (Fenton – diz a Ward)

61. - Adorno meu sogro! Preciso trabalhar, como ferreiro e carpinteiro que sou, apesar de nosso parentesco e sua respeitosa riqueza e sabedoria. Além do que, veja o estado do casco inglês! (Withal -inglês local- diz em terra ao sogro Adorno)

62. - Fenton, coopero com você e digo: os portugueses, mulheres e crianças saíram da vila; os navios deverão ancorar junto à vila para permanecerem visíveis, tranqüilizando-os. (Withal -a bordo- diz a Fenton)

63. - Gente daqui, os ingleses necessitam consertar o casco do navio e eu necessito desse trabalho. (Withal -em terra- diz aos locais)

64. - Confiamos no Withal, que necessita trabalhar no que sabe, mas estaríamos dando porto seguro a saqueadores nesse conserto do casco... (Anônimo local – diz aos locais)

65. - Gente daqui! Deliberamos que por enquanto nos entregaremos à nossa defesa. Leitão falará à Fenton, dentro de poucos dias. Poderá forrar de cobre o casco, carpintear e pescar, por enquanto... forjas e fornos só depois da chegada de Leitão. (Emissário de Leitão -capitão mor e governador da província- diz aos locais)

66. - Adorno, Veras, Raposo, Withal... venham a um banquete a bordo, preparado para vocês decidirem lá, com liberdade. (Ward - diz a Fenton)

67. - Ward, vamos aprisioná-los. (Fenton – diz a Ward)

68. - Fenton, será melhor corrompê-los. (Ward - diz a Fenton)

69. - Ward... eles são leais ao poder constituído local! (Fenton – diz a Ward)

70. - Withal e Adorno... vamos à terra junto aos navios para conhecer o lugar para a forja. (Fenton – diz a Withal e Adorno)

71. - Adorno! Ofereço a você seda e veludo. (Fenton – diz a Ward)

72. - Ouçam todos... “Gente de Santos não se entende com reconhecidos piratas”. (Adorno – ancião local, sogro de Withal e de posses, diz a todos locais, segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)

73. - Ward, eu confiei em Withal nessa empreitada e agora... (Fenton – diz a Ward)

74. - Gente daqui... estou arrependido do pacto que confesso ter feito com Fenton, em facilitar-lhe porto seguro para saques a espanhóis... (Withal - diz aos locais)

75. - Almirante Valdez; fomos atacados. Trata-se de saque corsário inglês e agora estamos à deriva. (Capitão espanhol -no navio da esquadra espanhola avariado na escaramuça- diz ao Almirante Valdez,)

76. - Higino! Renascemos na consciência. Vá numa defesa de Santos. (Valdez -almirante da esquadra espanhola- diz a Higino)

77. - Valdez, reparando nossa pouca vigilância, vou a Santos. (Higino -vice almirante da esquadra espanhola- diz a Valdez)

78. - Como vigia professo fé na vigilância. Avisto a armada espanhola na boca da barra e a armada inglesa no estuário, ajudado pela luz do luar. (Vigia local -do morro do vigia- em fluxo de pensamento, em "24 de janeiro de 1584...", segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)

79. - Fique orando e vigiando -sua função- que eu avisarei nossos defensores como emissário que sou. (Emissário local -do vigia- diz a este)

80. - Emissário, combaterei a Fenton, pegarei sua artilharia e erguerei uma fortaleza. (Higino -capitão e navio espanhol- diz a Fenton)

81. - Festejaremos a vitória e a vigilância possível. (Adorno – sogro de Withal, diz aos combatentes e aos locais)

82. - Antevejo hoje a Fortaleza da Barra construída, a partir da frota de Fenton ontem dividida: e ao fundo da barra “Santa Maria de Bergoin” naufragada, mesmo Withal deixando sua madeira com metal forrada. Ward, seu vice-almirante, perdeu para Jerônimo Leitão, governante, quando para o Flores Valdez não foi páreo, que afugentou esse corsário. No espantar desse corsário daqui, à André Higino paz atribuí. Depois seu canhão pouca saudade deixou, quando contra a liberdade também mirou. (Adorno – diz aos locais)

Ato contínuo – Celeste:

83. Não fico olhando não rememoro não dou atenção não libero entrada a Zumbi que não aporte não debruço nas águas não belicosa não arrependida não resignada disto não reabilitada não amadurecida não garanto resplendor não navego não desperto elementos diametrais não essenciais não sangrados não nutridos por seu não ouvir não silente cada espaço determina ou pelo menos encoraja sua própria espécie de história no que concordo com o geógrafo Franco Moretti (Mulher caiçara - em fluxo de pensamento).

84. - Quando dei a liga pra união de suas pedras, em mudança de postura troquei a moldura. (Mulher - diz à Fortaleza da Barra Grande)

85. – Quando trouxe de além-mar os que a construíram, eu pavimentei nosso jardim, desapareceu o jasmim? (Pescador caiçara - diz à Fortaleza)

86. - Eu que testemunho a sua força, nesse novo caminhar faz-me repensar, por sentí-la como a um corvo, que a todos espreita, pois ao abrir de olhos lá está você, pousada e olhando aqueles que a enxerguem. (Guarani - diz à Fortaleza)

87. - Mangue enfraquece seu salto, ou quebra, em mar alto. (Pirata - diz à Fortaleza)

88. - Eu que protegi vocês, me protejam agora, pois a culpa do muro é nenhuma no escuro. (Negro – diz à mulher, pescador, fortaleza e à criança)

89. - Eu que simbolizo o arco da aliança, digo, que em perfume da flor alheia ouvi apenas canto de sereia, (Criança - diz à Fortaleza)

90. Tento cavar um buraco negro no mar daqui com saques a metais nobres trazidos do Rio da Prata por navios fundeados nesse povoado protegidos por cascos forjados em cobre pelo ferreiro Withal casado com a filha de Adorno ancião local de posse no século XVI obstada fluidez de pensamento em singradas águas desses mares como na Europa metrificada por invasão dos mouros se o êxtase imobiliza tanto mulher quanto pescador isso faz superfície rasgares movimentares o renascido tempo presente do paraíso que se desfaz a todo instante ao remares ou jogares pedra sim refletes azul infinito (Pirata – em fluxo de pensamento).

91. Tenta-se cavar um buraco branco na praia daqui com lojas, em meio à fluidez de pensamento que se mantém ao caminhar-se em suas areias (Mulher - em fluxo de pensamento).

92. Tenta-se obstar pensamentos forjados em tantas caminhadas com lojas empilhadas sobre buraco descolorido cavado na casa da palavra afastada assim da dança de roda por ausente fruto da cultura caiçara (Pescador – em fluxo de pensamento).

93. Como proteger a palavra estupro emular solitário temeridade ultrajante participação reconhece onanismo será melhor libertar o mantido junto pássaro vou tratar minha cidade como minha querida mulher vou percorrer suas curvas até seus pés descalços como Peruíbe e Itanhaém sem fazer de conta que só tenha cabeça como Santos onde cresçam cabelos como prédios desobstruir artéria:como sua antiga via férrea que me leve ao seu coração como São Vicente permita-me passar por seus seios como Mongaguá e Praia Grande faça-me perder em seus braços como Bertioga e Guarujá ei de beijar sua boca voraz como Cubatão (Negro - em fluxo de pensamento).

94. Argentias lançadas pela mão em cascata se dão do sonho é a praia se artimanha espraia o sentir pranteado quase lacrimejado no olhar infantil prateado em anil sem saber o que era vislumbrada quimera argentias ao luar desde a água do mar (Criança - em fluxo de pensamento).

95. - Cria! Repercuta inocência, até nascer camaradagem ameríndia. (Guarani - diz à criança)

96. - Em meio à pequena sombra, os raios de sol - árvore sem folha. Somente o navio é melhor, do que o rebocador, utilizado, que fica no livro mais do que lido, na função de puxar ou apenas de empurrar. Fica onde está até receber aquele estímulo, aquele estímulo recebido onde está? Necessidade navio que estimula, ali, nele navega esse viajante navegador ao ter sido tirado de onde estava parado. Gira na mão, movido à correria, catavento colorido. Colorido catavento, movido à mão correria? (Vigia - em dizer cantado: https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/reboca-o-navio )

97. “No mar da vida meus companheiros de pescaria Coquete Jango Manuel Maria ai quem me dera ter vossa fé vinde vós todos em meu socorro ó Quincas Lopes ó João do Morro velhos caiçaras de Itaguaré que desespero que contratempo quem poderia supor que o tempo ainda há bem pouco de céu azul se transformasse nesse marouço e que eu ficasse, pelo mar grosso sofrendo a fúria do vento Sul no rancho aguardam-me ansiosamente mas quem diria tão de repente que o mar tão manso ficasse mau cheio de abismos peixes vorazes ali na Laje dos Alcatrazes há muito mero muito perau estou perdido chove a canoa desarvorada bordeja à toa e eu me concentro para rezar Virgem das Virgens e ao nome dela subitamente cessa a procela todo de rosas se torna o mar e a lua aponta cobrindo tudo de um manto feito de ouro e veludo tudo aclarando com o seu candor e o barco inteiro chega à Atalaia e eu são e salvo salto na praia volto à choupana do meu amor Nossa Senhora cheia de graça que a vossa bênção feliz me faça me livre sempre de todo o mal tornai-me simples como os pastores como os barqueiros, os pescadores a santa gente do litoral" (Pescador – em fluxo de pensamento, em homenagem a Martins Fontes, “Indaiá” - Livro Phostumo, 1937)

98. Fila de espera em animado quintal pular fogueira (Criança - em fluxo de pensamento).

99. Cheiro do botão rosa com pétala desfeita espinha só minha alma que escapa igual formiga contra corrente à seiva no verde da floresta ao balançar do caule silêncio entre si jesuíta e indígena guarani os mais representativos sobreviventes de uma luta cultural colonialista e de resistência para troca de sentimentos relevados ou persistentes em tal luta há pertinente ausência indígena legítima em boa vinda ao jesuíta soldado da cultura católica o que torna perceptível o indizível não silente relevar-se passado sangrento impingido aos dois lados ou perseverança em não ouvirem-se (Guarani - em fluxo de pensamento).

100. Presa no chão diverso em vento que assobia passagem do animal em canto protegido do frio que me açoita mas junta no caminho enamorado beco (Mulher - em fluxo de pensamento).

101. Numa só cavocada terra pra que te quero mandioca pra festa (Negro - em fluxo de pensamento).

102. - Desculpa. Apenas aguardar um perdoar divino, tão improvável quanto pleno amar só vespertino. Relevar humano dispensa pedido e espanta desengano. Lentidão nos passos no ressecado chão - novena de chuva. Você poderá sentir, ter chegado longe seu existir. Administrar sentimentos no self antes de solucioná-los com perdão no céu enfim. (Guarani - em dizer cantado:https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/desculpa )

103. - Água jorra onde menos se espera - alisa a beirada do abismo, pelas mãos do padre também batiza, no choro da criança que esperneia respinga no padrinho que sorri. Numa parede lá da sacristia, na fala úmida que se faz ouvir, sai igual enxurrada, de pessoas, até chegar perto do paraíso - na pia batismal que me habita. Fica olhando, rememorando. Tua atenção libera entrada á Zumbi. Aportada. Debruçada nas águas. Belicosa arrependida? Resignada? Revisitada. Aportada. Garanta resplendor à navegação. Desperta elementos diametrais, essência sangrada. Agora nutra teu ouvir, em silêncio, do finado Barnabé, como verdadeiro “xerife”, daquela praia. Prefiriria chamar a Dona Noquinha a “prefeita”. A Pedrina e seu marido Izaldo, com sua turma, pais de Maria Isabel. Primeiro eu daria uma festa, no sítio do Atílio, regada com sua “Pinga do Guaiúba”. Não sem antes forrar meu estômago com banana, do sítio do engenheiro Américo. Deixaria pro Dr. Hélcio curar o Sr. Bodega, porque isso tá parecendo mais um causo daquele que bebe. Eu pediria ajuda pro Barbosa, aquele pescador da vizinha Praia do Goes. Pro Manoel Januário Ferreira, daquela padaria do canal da barra, do lado de Santos, em invisibilidade – ética, que é a estética da alma.(Pescador - diz à plateia)

104. - Essa minha ficção - aventada, invade a sua realidade - vivida. Se seu ensaio referencia o mensurável, já o meu é, praticamente, arreliação descabida. Fecho meu conto, presunçosamente adulto, para abrir meus ouvidos ao que há, em sua história, de força motriz que toca meu coração, desarvorado, procurando sua raiz. (Pescador - diz à plateia)

Ato contínuo - Adeus:

105. Caiçara Poética: Praça Benedicto Calixto.sp.com espaço Plínio Marcos - lufada inspiradora. Cenários, além de atores, no encontro paralelo. Parecem deslocados da maresia, na ausência de estátua do Plínio, a pesar no sebo armado, ao lado de pequeno arena. Instigam reflexão, àquele de Santos, quando lá geram um dizer poético seu, na estranheza - ausente paisagem. Pretenso público, sentado no arena... audição pra sarau? Há complemento disso, na praça do aquário. Acolá hálito de gastronomia, substitui poema. Ali só, brumas e fluidez, testemunho não justifica. Depara-se com a imensidão do mar, horizonte, céu, estátua do pescador caiçara e seus ingredientes, ao falar, aspira pertencimento, à vida. (Criança com todos os atores - em dizer cantado, à plateia, https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/caicara-poetica ). 

c) Quem é o proponente e equipe envolvida?

Ricardo Rutigliano Roque.

. Currículo do proponente – obras literárias e inserções destas: Em Santos, Catando Guaru - contos, livro classificado no Facult de Santos - 2011 (¹); Fortaleza da Barra Grande – prosa (²), Poesia à Rua, Caiçara em Haicai (³), Uma Chama Atlântica, Da Mata Atlântica ao Neruda e Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - poesias, (4) independentes da Caiçara Catadora de Capa Artesanal - 2013-4; Mar Selvagem - romance, classificado no Prêmio SESC de Literatura - 2015; conteúdo que já deu sustentação à outras oficinas - ARRASTÃO CULTURAL, em 25 de novembro de 2011. (5) e de gravuras (6), suscitada estrutura como oficinado (7), eleito para controle social (8).

¹ ROQUE, R. Rutigliano - Deságue - Em Santos, Catando Guaru; projeto literário classificado com 70 pontos no edital do FACULT 2 - Fundo de Assistência à Cultura de Santos, 2011; D.O. - Diário Oficial de Santos, de 02.12.2011 , p. 17 - acessível no link: https://www.egov.santos.sp.gov.br/do/pesq2011;

² "Um tiro certeiro na história da Baixada Santista' [...] 'Os mares ficaram agitados sob a lua cheia na Baía de Santos. O navio... acertara com tiros de canhão à esquadra..., ancorada há um mês na Cidade. [...] Surgiria assim a história da fundação da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande [...] Tal data inspirou a Sociedade dos Poetas Vivos, durante encontro, [...] , no Sesc. [...] Ricardo Rutigliano Roque lançou o livro artesanal Fortaleza da Barra Grande, que faz memória ao ataquepirata, além de uma coletânea de textos (prosa,poesia e haicais) de sua carreira desde 1991. Roque ressalta a importância do resgate histórico e compara a fortificação a um corvo:' Que a todos espreita e, ao abrir de janela, está lá, olhando para aqueles que com sutileza o enxergam. [...] 'espera contagiar outros escritores a se aprofundarem na história da Fortaleza [...] no blog" (*)... - Lincoln Spada em "A Tribuna" - caderno Local, 24 de janeiro de 2013, p. A-11, Santos, SP, Brasil;

3 Terceiro lugar no 4º CONCURSO DE HAICAI “MASUDA GOGA” - 2011, da Associação Cultural Nikkei Bungaku do Brasil e Grêmio Haicai Ipê - São Paulo;

4 autor do livro, e da vertente poética do evento do dia 14 de julho de 2014 (*) - deste seu curador, à convite do Inst Histórico Geográfico Santos -este sob a presidência do DD. Presidente Adelson Portella Fernandes– exposto em reportagem aos 17 minutos desse vídeo:


5 SANTOS, Diário Oficial, 25 de novembro de 2011, página 4: palestra, projeção de filme - DVD, e exposição de vivências contrastantes - mediada por leitura, de textos - crônicas, contos, declamações de haicais e outras poesias próprias e cantos autorais - conceituais da diversidade; assim foi publicado: "Curtas. Saúde ambiental – Hoje, às 14h, será realizada no Ambesp (Ambulatório de Especialidades) da Região Central Histórica (Av. Conselheiro Nébias, 199, Paquetá) a palestra ‘Arrastão Cultural’, que será ministrada pelo... Ricardo' Rutigliano 'Roque. ...um histórico sobre a região e as influências das culturas indígena, negra, mestiça e branca nos hábitos... . A exposição contará com poesias e exibição de filme a respeito do tema. A atividade é aberta ao público."

6 Publicação: Jornal “A Estância” – p. 9, 14-21/06/2013, Guarujá – S.P.: “Crianças Recriam a História em Gravuras”;

7 "Oficinas de Elaboração de Projetos Culturais e Captação de Recursos' do Professor Fábio Luiz Salgado em parceria com a "Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto" - 25/ago. - 10/nov./2011, Santos, S.P..

8 Delegado na 1ª. Conferência Nacional de Saúde Ambiental – Brasília, desde 2009: eleito como representante da A.M.S. na Pré-Conferência de Saúde Ambiental; assim como delegado municipal na 1ª Conferência Municipal de Saúde Ambiental de Santos; tanto eleito na 1ª. Conferência Regional de Sorocaba: delegado regional da região ampliada; quanto eleito delegado estadual na 1ª. Conferência Estadual de Saúde Ambiental do Estado de São Paulo, indo à nacional 09-12/dezembro/2009.

· Qualquer texto de autoria do proponente publicado ou não como referência para análise da Comissão de Seleção:

Mulher Caiçara – Autoral de Ricardo Rutigliano Roque. (*)

   Sua delicadeza surge, nesse contexto, em penhasco com ar de passarinho e mergulhão, olhando a praia de menino em canoa de pescador, sobre mar de cardume, onde a pura ação movimenta, com o sentir amoroso nessa lúdica presença, que mais se aproxima da existência, em ato de busca. Brincadeiras na mata e poesia pelas ruas interiorizam, nesse movimento, seu frescor sob brancos lençóis, com dobras de marolas trazidas do caminho das águas. Mulher caiçara banha sua filha, com mãos calejadas pelo tecer da rede de pesca, em descanso de seu caminhar continente para conquista de sabor, na sua permanência insular, com troca de aromas. No mar de diálogo vai, em correnteza oceânica do viver, com bucólica remada de aproximação ao horizonte incerto. 
   Gerada presentificação, própria da europeia, com pitadas de sonoridade africana e de plasticidade guarani, com sua história fragilizada, no medo imposto por incorretos, mas, com adquirida fortaleza, disfarçada em aparência amedrontada, dos corretos, e longe de vitimizada, sob a ética do benefício herdado da ascendência. A sua cultura de mulher caiçara evoca, em linhas guardadas próximas à sombra de paciente espera, o seu mistério, com quantidade de nós que permeiam a menina que escuta, e cortiças que flutuem junto ao menino que lhe fale. Ela como personagem se sente protagonista - nessa tessitura, mais coadjuvante em ondas do que esse narrador em vagalhão da saudade, tão desdobrados, mas companheiros em degustação de maresia, em rebeldia. Está na evocação do limite, de mar circunscrito, esse avizinhamento, mas, que em maré vazante vai, até se distanciar, em conquista de água oceânica coberta em brumas, em vazantes e enchentes. Este fluxo está, ao adentrar o canal do estuário, longe de manobras exóticas, como em suas veias, para percepção do que há, ao passar pelo deck dos sentidos, até umedecer a aridez da areia em próxima praia, a partir dali palmilhada. 
   Há ambiente, em roteiro desde a nascente do Tejo que a remete à Europa, e à África até a Fonte de Itororó, depois de percorrido o rio chamado Atlântico, como sua artéria e, já aqui refrescado, como em suas narinas, pelo vento até a Serra do Mar - emoldurada por nuvens, pensamentos que evocam vulcões de Araucania - intuições, e lava expelida pelo Vesúvio – lembranças desde 1902. Essa geografia emocional é, de inquietude, denotada em fenomenologia de atos e de passivas percepções. 
   Vivificada memória em suas cartas, chacoalhadas no abrir de sua bolsa, sobre contexto disfuncional, com poeira de grande viagem. Desde a distante Europa, onde os detratores permanecem sob silenciado mosaico de intransigência à anárquica presença, sua, e da África de mais antiga influência à submissão, chegando à sedutora Mata Atlântica. Agora passa, em intimista distância, suas vistas por morros, na Ilha de São Vicente: desde o tormentoso Morro do Lima - derrocado para aterro, até o sonhado Morro do Itararé – mirante do cais do Porto de Santos e praias, onde os caiçaras formam quebra-cabeça, em estabelecidos epicentros, que seus ombros sustentam. 
   Percepção do menino em pluvial água e da menina em salobra mistura, ambos acalentados como pequenos peixes guarú, estes que saem mesmo protegidos por comportas em canais de Saturnino de Brito, como de sua boca as palavras. No abrir de barbatana, em toques mútuos, assim, em seus mais recônditos nichos, como uma só isca viva, enlevados por anzol cognitivo, a mulher convive com predadores, que passam por sua mão em aleatória escolha, vazante, na busca de partilha maior, em trajeto sem sombras de pedras, como se não houvessem ossos, mas, das mais fortes ondas, profundas correntezas e remansos, cujas superfícies refletem, como sua esperança, o céu. 

* Prêmio - máximo: "Menção Honrosa" - certificado. Júri: Marcelo Rayel Correggiari, Maurilio Campos e Sueli Ap. Lopes. Tema: Mulher Caiçara, no I Concurso Literário - 2016, de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas.

Categoria: adulta - 2016.

d) Para quem será realizado?

· Perfil do público-alvo: crianças, público em geral, e também escolares do ensino médio e/ou básico;

· Plano de Divulgação do projeto: contato telefônico seguido de troca de e-mails com escola com biblioteca – municipal ou estadual, e biblioteca municipal de nove municípios da Baixada Santista, na manhã da primeira sexta-feira de cada mês – do ano letivo, assim: 

.. 1. Bertioga – março, à tratar;

.. 2. Cubatão – abril: Escola Padre José de Anchieta Municipal de Cubatão. Endereço: Rua Salgado Filho, 130 Jardim Anchieta, Cubatão – SP CEP: 11500-270 Telefone (13) 3361-1058 // 3361-7739 e-mail: emefpjanchieta@ig.com.br

.. 3. Guarujá – maio; Escola Estadual “Nossa Senhora dos Navegantes” - Professora Beatriz Merguiso - Rua Orlando Botelho Ribeiro 2008, Santa Cruz dos Navegantes, Guarujá, S.P. CEP 114245-150. Tel. (13) 3354-2854, navegantes41508@yahoo.com.br (*) e Escola Municipal Benedicta Blac Gonzalez - a/c Vice-Diretora - Professora Simone Av. Rio Solimões - Balneário Praia do Pereque, Guarujá – SP CEP: 11446-090 Telefone (13) 3353-6360 e-mail: embenedictablac@guaruja.sp.gov.br

.. 4. Itanhaém – junho: E.M. Profª Silvia Regina Schiavon Marasca a/c Diretor DD. Professor Alanderson Lopes dos Santos Avenida João Batista Leal, 241 - Centro, Itanhaém – SP tel. 3426-5826 e-mail: silviareginaschiavonmarasca@hotmail.com

.. 5. Mongaguá – agosto; E.E. PROFESSORA ARACY DA SILVA a/c em 01/07/2016 da DD. Profª. Ângela – Orientadora Pedagógica. E.mail: quimicaprofangela@gmail.com Endereço: Avenida São Paulo, 1774 - Centro, Mongaguá, S.P., telefone: (13) 34481620-1 e (13) 34480205 e a/c do Diretor Municipal da Educação DD. Professor Edmilson Benedito Machado - educacao@mongagua.sp.gov.br

... 6. Peruíbe – setembro, 7. Praia Grande – outubro, 8. Santos – novembro (*), e 9. São Vicente – em tratativas;

* 15 de março - último dia da “Semana Internacional da Mulher” e primeiro da “Semana da Cultura Caiçara”, I Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas, acontecida na biblioteca Mário Faria (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

e) Quando será realizado?

· Cronograma de trabalho, conforme o prazo máximo previsto neste Edital: dentro dos dez meses, após recebimento da primeira parcela. 1º mês: revisão estilística e compra de bens duráveis e insumos, com impressão do romance – na própria oficina; 2º ao 10º mês: leitura em roda de leitura em uma biblioteca pública municipal ou estadual, e outra em escola municipal ou estadual, de cada município da baixada santista, onde serão igualmente impressos os textos, dos oficinados, acolhidos em antologia com capa artesanal, assim: Bertioga – março; Cubatão – abril; Guarujá – maio; Itanhaém – junho; Mongaguá – agosto; Peruíbe – setembro; Praia Grande – outubro; Santos – novembro, e nesta em 15 de março lançamento da caixa de antologias e do romance – Desnudo Mar Selvagem, na biblioteca Mário Faria, e obtenção de premiação em concurso literário de prosa – onde exerce jurado ou isto delega, de um texto em cada categoria – adulta e juvenil, e em São Vicente – dezembro.

f) anexos - I e II - assinados, e rg do autor - com número do CPF, escaneados em PDF – em “documentos”.


Desnudo Mar Selvagem - Prosa, em Projeto de Oficina e Celebração Caiçaras.

a) Resumo do projeto com vistas ao PROAC:


PARA QUE: fomentar a prosa caiçara ao celebrar a Mulher Caiçara em 15 de março - culminado neste dia, em intersecção entre "Semana da Cultura Caiçara", e o "Dia Internacional da Mulher" – primeiro e último dias, respectivamente;

POR QUE: Patrimônio Cultural Imaterial – caiçara, este que demanda ser perenizado, via eventos com ferramentas experimentadas, para sustentabilidade de um programa, e em respeito à LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, em seus artigos Art. 21, Art. 26., § 1º , § 2o, § 4º , § 6o , Art. 26-A, § 1o, Art. 32 - I , II , III e Art. 35 - III .

POR QUEM: crianças, público em geral, e escolares do ensino básico e/ou médio;

ONDE: em bibliotecas municipais e estaduais e escolares, da Região Metropolitana da Baixada Santista;

QUANDO: sextas-feiras, dos meses letivos, manhã e tarde;

QUANTO: pró-labore do oficineiro: artesão de oficina de capa de livro (SUTACO – Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades, nº. 78365) e prosa literária (independente), e ao exercer ou delegar as funções de revisor estilístico; de jurado e/ou organizador deste dia celebrado com concurso literário (*); de disque-jóquei de suas próprias canções na oficina; esta que demanda compra de bens duráveis – notebook e impressora, e de insumos: papel e papelão, pincéis, pó xadrez, goma-arábica, canetas e lápis; custeio de logística itinerante – gasolina; de alimentos – refeições; hospedagens – eventuais em município mais distante como Peruíbe; de confecção de cartazes e de releases para publicação em jornal de grande circulação e compra de madeira e mão francesa, verniz, pincel, parafusos, perfuradora elétrica e mão de obra – dele ou delegada, para instalar pequena prateleira como biblioteca – em escola que não a tenha e registro em vídeo – profissional ou caseiro, condicionado à disponibilidade orçamentária, com amostras de eventos e seus produtos.

* Prêmio - máximo: "Menção Honrosa" – como o já certificado, por júri: Marcelo Rayel Correggiari, Maurilio Campos e Sueli Ap. Lopes, à época no tema: Mulher Caiçara, no I Concurso Literário - 2016, de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas, (autoral desse proponente) na categoria adulta – 2016, (**); 

** "Semana da Cultura Caiçara inicia com evento literário'. 'A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6 da orla) recebe programação da 3ª. Semana da Cultura Caiçara, que tem início. Entrada franca. A partir das 16h, a mulher caiçara homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas. O evento, realizado na Biblioteca Mário Faria, também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher." (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

PARA QUEM: para as gerações atuais reconhecerem a existência da Cultura Caiçara, esta em suas formadoras vertentes e, assim, deixar legado às futuras.

COMO: 1) roda de leitura de trechos de romance – do oficineiro; 2) oficina de capa artesanal para constituir antologia de prosas – dos oficinantes; b) digitação e impressão dos textos – do romance e das prosas; c) edição do romance e da antologia, esta por cada coletivo oficinado, montada com capa artesanal; 3) participação individual, mediante inscrição garantidora, de cada autor de texto de tal antologia, em concurso literário de prosa; 4) aglutinação dos livros de capas artesanais das antologias em caixa de livros – dando unicidade anual ao conjunto de antologias;

b) O que será realizado? Proposta mambembe - itinerante nesse fomento à prosa, autoral desse oficineiro de prosa e capa artesanal de livro, acolhida em roda de leitura - de um capítulo do romance autoral – Desnudo Mar Selvagem, para inspirar e acolher textos de prosas escritos por seus oficinantes, em uma cidade ao mês do ano letivo, assim: Bertioga – em março, Cubatão – abril (*), Guarujá – maio (*), Itanhaém – junho (*), Mongaguá – agosto (*), Peruíbe – setembro (**), Praia Grande – outubro (**), Santos – novembro (**) e 15 de março (*), e São Vicente – em dezembro (**), para análise estilística de texto, este a ser inscrito em concurso de Literatura – de prosa, em 2017, anteriormente acontecido em crônica - 2016, com esse oficineiro de jurado, e/ou seu organizador.

* com dinâmica já acontecida em bibliotecas dessa região caiçara, com público alvo conquistado - escolares municipais e/ou estaduais, em oficina acompanhada por cada orientadora pedagógica; 

** à tratar.

Descrever: 

1) TEXTO PROPOSTO PARA RODA DE LEITURA: de concepção épica, prosaica também com prosopopeia – horizontal e ética, mas poética – vertical e estética:

. referências estéticas: dos 105 dizeres poéticos, evocando o lírico, conduzidos por 82 prosaicos e 23 fluxos de pensamento, com enredo local – lúdico e de luta de capa e espada, compilados de livros – também autorais: Em Santos, Catando Guaru - contos, livro classificado no Facult de Santos - 2011 (inédito); Fortaleza da Barra Grande - prosa, Poesia à Rua, Caiçara em Haicai, Uma Chama Atlântica, Da Mata Atlântica ao Neruda e Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - poesias, (publicados / Caiçara Catadora de Capa Artesanal) 2013-4; Mar Selvagem - romance, classificado no Prêmio SESC de Literatura - 2015 (inédito), e de outras fontes, autorais ou referenciadas – fração, entre aspas.

.. imagética: contida no dizer, e também trabalhada em filme autoral – estudo, neste em maioria de seus dizeres – autorais, e em nenhuma das músicas de terceiros – nesse filme sincronizadas: Fortaleza da Barra Grande - https://www.youtube.com/watch?v=AQ4it4iXleE

... sonoridade – em dizer autoral, e em canções autorais - para inspirar:







. bases da pesquisa:

.. estética: Charleaux – pintor caiçara;

.. histórica: 

... SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.;

... “A Tribuna” – jornal;

... DIEGUES, Antonio Carlos - antropólogo e pesquisador no departamento "Comunidades de Ambientes Úmidos", da USP - org. "Enciclopédia Caiçara";

.. poética:

... FONTES, Martins, “Indaiá” – Martins Fontes, Livro Phostumo – 1937;

.. prosaica:

... PRATA, Ramulpho - escritor: autor de “Navios Iluminados”;

.. Leitura de Apoio:

... AULETE, CALDAS – Dicionário, – 5ª. Edição, 1986 – Rio de Janeiro, Brasil;

. personagens – principais: criança, mulher, negro e pescador caiçaras, fuligem da queima da cana de açúcar, preta nuvem, céu azul, nuvem branquinha, fumaça de fogueira, passarinho, negro caiçara, Fenton - almirante corsário inglês, capitão espanhol - de navio saqueado, Ward - vice-almirante corsário inglês, Withal - inglês local, anônimo local, emissário de Leitão - capitão mor e governador da província, Adorno – ancião local, sogro de Withal e senhor de posses, Valdez - almirante da esquadra espanhola, Higino - vice almirante da esquadra espanhola, vigia local - do morro do vigia, emissário local - do vigia, mulher caiçara, guarani, pirata, Antonio: amigo dos guaranis; dos outros nove capítulos: Barnabé, Dona Noquinha, Pedrina, Izaldo, Maria Isabel, Atílio, Américo, Dr. Hélcio, Sr. Bodega, Barbosa – reais da Praia Santa Cruz dos Navegantes e Praia do Goes, ambas do Guarujá e Manoel Januário Ferreira – de Santos, (citados, em “A Tribuna” – jornal de Santos S.P., por Nestor Jesus de Sant’Anna); 

Patrimônio imaterial: Cultura Caiçara; 

. tempo: 1584-1937-2016.

. espaço: mar, terra – Mata Atlântica e praia, e céu, com seus cenários.

Revisão estilística, fazeres e consultoria previstas - junto ao autor ou próprio.

Sinopse:

O concepto caiçara é gestado em útero da Cultura Guarani, Africana e Europeia, com nascitura presença - gestada e celeste, vivida e aqui testemunhada em dizer lírico – prosaico, musicado e em fluxo de pensamento, seja no mar, na praia, na mata ou ao enxergar o céu, passando à terrana escaramuça, em costa de mar caiçara, em 1584, em defesa contra o corsário Edward Fenton, passando por 1937 em pescaria no dizer de Martins Fontes, até os dias atuais.

Primeiro ato – Concepto:

1. - Torço por sua existência, ativa amorização, encontro-a natureza. Evocada noite escura. Paladar que amo, transcende o querer, audição do sonho. Que amanheça clara. Enxergo-a água – fruído sentir, presente-ausente. Longe de entardecida. Aromatizada, traduzida em verbo – sentimento vai. Guardada no infinito. Além do relicário – está pulsante lá, pisando a areia. Torço por sua existência, Guardada no infinito. (Pescador – em dizer musicado:https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/presente-ausente-1 ) .

2. Beijo sua boca carmim sobre marfim os lábios que molhados me seduzem vizinhos à sua pele jambo (Pescador – em fluxo de pensamento).

3. De amolecida têmpera marrom e o vermelho seu charme de ferrugem no ferro corroído (Mulher – em fluxo de pensamento).

4. Sobre sua cabeça seco no forte sol o Sapé refresca (Pescador – em fluxo de pensamento).

5. Mancha no azul do céu um galho com Algodão rabisca de branco (Mulher– em fluxo de pensamento).

6. Sua delicadeza surge nesse contexto em penhasco com ar de passarinho e mergulhão olhando a praia de menino em canoa de pescador sobre mar de cardume onde a pura ação movimenta, com o sentir amoroso nessa lúdica presença que mais se aproxima da existência em ato de busca brincadeiras na mata e poesia pelas ruas interiorizam nesse movimento seu frescor sob brancos lençóis com dobras de marolas trazidas do caminho das águas mulher caiçara banha sua filha com mãos calejadas pelo tecer da rede de pesca em descanso de seu caminhar [...] no mar de diálogo vai em correnteza oceânica do viver com bucólica remada de aproximação ao horizonte incerto (Pescador – em fluxo de pensamento).

7. Gerada presentificação própria da europeia com pitadas de sonoridade africana e de plasticidade guarani com sua história fragilizada no medo imposto por incorretos mas com adquirida fortaleza disfarçada em aparência amedrontada dos corretos e longe [...] o seu mistério com quantidade de nós que permeiam a menina que escuta e cortiças que flutuem junto ao menino que lhe fale eu como personagem me sinto protagonista nessa tessitura mais coadjuvante em ondas do que como narradora em vagalhão da saudade tão desdobrados mas companheiros em degustação de maresia em rebeldia está na evocação do limite de mar circunscrito esse avizinhamento mas que em maré vazante vai até se distanciar em conquista de água oceânica coberta em brumas em vazantes e enchentes este fluxo [...] como em suas veias para percepção do que há ao passar pelo deck dos sentidos até umedecer a aridez da areia em próxima praia a partir dali palmilhada (Mulher – em fluxo de pensamento).

8. Há ambiente em roteiro desde a nascente do Tejo que a remete à Europa e à África até a Fonte de Itororó depois de percorrido o rio chamado Atlântico como sua artéria [...] é de inquietude denotada em fenomenologia de atos e de passivas percepções (Pescador – em fluxo de pensamento).

9. Vivificada memória [...] sonhado mirante do cais do Porto e praias onde os caiçaras formam quebra-cabeça em estabelecidos epicentros que seus ombros sustentam (Mulher – em fluxo de pensamento).

10. Percepção do menino em pluvial água e da menina em salobra mistura ambos acalentados como pequenos peixes guarú [...] das mais fortes ondas profundas correntezas e remansos cujas superfícies refletem como sua esperança o céu (Pescador – em fluxo de pensamento).

11. - Você traduz partido alto qual areia induz andar sem salto. Venha de longe chega mais perto sua voz é meu dado certo. Canal leva meu pensamento pra maré balançar o firmamento. A vida lá fora ao som transcendo letra atrás desse momento. (Mulher - em dizer musicado -https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/sua-musica )

12. - Canta compartilha hoje hino até antecipa, resgata rua luz, louva, emana, emoldura anterior à ulterior unidade, xamã xavante - brincante Charleaux árvore verde - sombreado chão uma folha amarelada na infância a brincadeira acontece: ninguém se amola, o brinquedo é sorridente e o brincante se apetece na adolescência o brincante extrapola, fica e namora: é mambembe como uma bola o adulto necessita de segredo: é cúmplice a olhos vistos, em olhares que o engrandeça e evitem seu degredo. Cativa colheita - hombridade hermosa, ainda acolhedora, retidão reina lida livre, embaixador emudece, àquele adianta um ultimato - xô xadrez. (Negro, em dizer musicado - https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/brincante-charleaux )

Ato contínuo - Nascituro:

13. Em frente à praia ao lado da reserva Juréia-Itatins de costas pra Mata Atlântica você meu filho mostre a mim seu pai o que vê no céu (Pescador Caiçara – em fluxo de pensamento).

14. – Ó, pai! (Criança caiçara – diz ao pescador caiçara)

15. - Sim, é uma nuvem! (Pescador – diz a seu filho)

16. - Vê, ali! (Criança – diz ao pescador)

17. - É, mudou de lugar! (Pescador – diz a seu filho)

18. - Bonita é, também, aquela! (Criança – diz ao pescador)

19. - É a branquinha! (Pescador – diz a seu filho)

20. - Parece que flutua! (Criança – diz ao pescador)

21. - Quer uma igual? Come esse doce. (Pescador - diz a seu filho)

22. - Nhac... Hummm! (Criança – diz ao pescador)

23. - É bom, né? (Pescador - diz a seu filho)

24. - Aquela é pretinha! (Criança – diz ao pescador)

25. - É, ela tem água. Toma essa água. (Pescador - diz a seu filho)

26. - Glub, glub... Hummmm! (Criança – diz ao pescador)

27. - Matou a sede, né? É a goiabada, com queijo. Romeu e Julieta, que dá sede, nessa nossa festa de Cosme e Damião. (Pescador - diz a seu filho)

28. - Você também consegue pai, se abaixar como eu, pra beber água, no rio? (Criança – diz ao pescador)

29. - Já teria me abaixado, pra pegar doce, mas aqui você recebe na mão, em festa de Cosme e Damião. (Pescador - diz a seu filho)

30. - Pai. Posso ir à casa de mãe, lá na mata, que é pra pedir água e doce? (Criança – diz ao pescador)

31. - Vai lá, filho, e suba a escada, e fora da casa, pra escolher a nuvem certa, pra desta beber, mas não faça amizade com quem deixe rastro, nesse caminho de areia. (Pescador - diz a seu filho)

32. - Subirei nessa árvore. Na água empoçada se vê o contorno, sombreado de algo, que paira no céu. (Criança – diz ao pescador)

33. - Olá preta nuvem. Você tem água pra matar minha sede? (Criança – diz à fuligem da queima de cana de açúcar)

34. - Sou nuvem preta, mas oriunda da queima das folhas da cana de açúcar. (Fuligem – diz à criança)

35. - Eu sim, sou preta nuvem, tenho água, antes de ir lá - à plantação, naquele céu azul, seco e quente. (Preta nuvem – diz à criança)

36. - Qual a velocidade, que vocês atingem? (Criança – diz à preta nuvem e à fuligem)

37. - Aquela, do vento que me traz. (Preta nuvem - diz à criança)

38. - Como você é recebida, ao ser, percebida, fuligem? (Criança – diz à fuligem)

39. - Como a um moleque, travesso, por repetidas vezes. Ela também, a preta nuvem, mas, eu apareço em duas safras por ano. (Fuligem – diz à criança)

40. - Já eu chego mais no final do verão e, por isso, molho a roupa no varal, mas, mesmo assim sou tratada como filha predileta! (Preta nuvem – diz à criança)

41. - Sou testemunha disso, ao iluminar seus caminhos, preta nuvem e fuligem. (Céu azul – diz à preta nuvem e à fuligem)

42. - E você - nuvem branquinha, sempre vem aqui? (Criança – diz à nuvem branquinha)

43. - Na ausência da preta nuvem, sim. (Nuvem branquinha – diz à criança)

44. - Nosso contraste é poesia, minha branquinha, em dias carregados de chuva. (Preta nuvem – diz à nuvem branquinha)

45. - Qual o ganho, preta nuvem, com minha prestigiosa presença, em sua orquestrada tempestade? (Nuvem branquinha – diz à preta nuvem)

46. - Poderá ver quanto os pássaros fogem, de minha chuva, coisa que você não gera – susto em passarinho. (Preta nuvem – diz à fuligem e à fumaça)

47. - Em solitária presença, essa minha, de fumaça de espantar o mosquito e, tantos são os pássaros que alçam voo, debaixo de sua chuva! (Fumaça – diz à preta nuvem)

48. - Eu queria aprender a voar com sua leveza, branca nuvem, ao descarregar toda minha água, pra poder praticar um voo de passarinho. (Preta nuvem – diz à nuvem branquinha)

49. - Os passarinhos estão com fome, com o calor de sua fumaça pra espantar o mosquito - seu alimento. (Nuvem branquinha – diz à fumaça)

50. - Mas, essa fumaça, preta contra mosquito, é leve como você – nuvem branquinha? Voa, livre, como pássaro? (Criança – diz à nuvem branquinha)

51. - Inabilitado pássaro de penas desengorduradas, pelo calor, que faz reter assim a água da chuva, caída da nuvem pretinha e essa pesa, o que lhe tira o voar (Fumaça e Fuligem – dizem à criança)

52. - Então são vocês, fumaça e fuligem, que oferecem o passarinho, de desengorduradas asas pelo clima quente, aos gatos em meio à água da pretinha? (Criança – diz à fumaça)

53. - Somos nuvens pretinhas, mas, com conteúdos e qualidades diferentes. (Fuligem, preta nuvem e fumaça– dizem à criança)

54. Diversão passageira pé d’água apaga pegadas na areia (Passarinho – em fluxo de pensamento).

55. - Oitenta Horas Semanais! Omitir-se instituirá trabalho escravo - nação títere, acorda! Honra ontológica - resistência, até sangrar! Sua existência merece atenção! Não se acorrente! Insurja-se! Sociabilize-se! Isca Viva. A linhada se enrosca nas pedras à beira mar. O peixe não sairá de seu azul acolhedor. O anzol será cognitivo - a isca ao sol se esquenta, seu cheiro seiva a vida. A água flui pra lá, oscila no horizonte, lá – onde o ar mergulha, lá – onde o mar espia, lá – onde o peixe só nada, lá – onde há pedras profundas, em seu profundo estar. (Negro caiçara – diz ao pescador)

56. O dia me é boa manhã ensolarada na praia com pequeno ao chão tão pequeno fui memória praia acompanha no baixar de cabeça pequeno foco concretude norte abstraída intrépido poema num querido convívio como me atrai contraste semente praia útero onde pequenos criam sinto a força com pequeno aos braços peso às costas qual o que, leveza sustentável demarcada na maciez das areias nuances vivenciam querer estímulo ator e cenário fundem contemporâneo e passado longe do anacronismo o amanhã todavia me é bom anoitecer enluarado mesmo só retorno elas em mim virão memórias erguidas enquanto olhar o ainda distante horizonte (Pescador - em fluxo de pensamento).

Segundo ato – Terrano:

57. - À luta! Vamos saqueá-lo! (Fenton -almirante corsário inglês- diz a seus marinheiros)

58. - Defendamo-nos do saque... o metal nobre trazido do Rio da Prata foi lavrado para a coroa espanhola. (Capitão espanhol -em navio saqueado- diz a seus marinheiros)

59. – Vencemos! Orientar a estibordo rumo a Santos... (Ward -vice-almirante corsário inglês- diz aos capitães de sua esquadra)

60. - Sendo Santos tal e qual Withal afirmou, admito que será um porto seguro para o conserto do casco e para novos saques. (Fenton – diz a Ward)

61. - Adorno meu sogro! Preciso trabalhar, como ferreiro e carpinteiro que sou, apesar de nosso parentesco e sua respeitosa riqueza e sabedoria. Além do que, veja o estado do casco inglês! (Withal -inglês local- diz em terra ao sogro Adorno)

62. - Fenton, coopero com você e digo: os portugueses, mulheres e crianças saíram da vila; os navios deverão ancorar junto à vila para permanecerem visíveis, tranqüilizando-os. (Withal -a bordo- diz a Fenton)

63. - Gente daqui, os ingleses necessitam consertar o casco do navio e eu necessito desse trabalho. (Withal -em terra- diz aos locais)

64. - Confiamos no Withal, que necessita trabalhar no que sabe, mas estaríamos dando porto seguro a saqueadores nesse conserto do casco... (Anônimo local – diz aos locais)

65. - Gente daqui! Deliberamos que por enquanto nos entregaremos à nossa defesa. Leitão falará à Fenton, dentro de poucos dias. Poderá forrar de cobre o casco, carpintear e pescar, por enquanto... forjas e fornos só depois da chegada de Leitão. (Emissário de Leitão -capitão mor e governador da província- diz aos locais)

66. - Adorno, Veras, Raposo, Withal... venham a um banquete a bordo, preparado para vocês decidirem lá, com liberdade. (Ward - diz a Fenton)

67. - Ward, vamos aprisioná-los. (Fenton – diz a Ward)

68. - Fenton, será melhor corrompê-los. (Ward - diz a Fenton)

69. - Ward... eles são leais ao poder constituído local! (Fenton – diz a Ward)

70. - Withal e Adorno... vamos à terra junto aos navios para conhecer o lugar para a forja. (Fenton – diz a Withal e Adorno)

71. - Adorno! Ofereço a você seda e veludo. (Fenton – diz a Ward)

72. - Ouçam todos... “Gente de Santos não se entende com reconhecidos piratas”. (Adorno – ancião local, sogro de Withal e de posses, diz a todos locais, segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)

73. - Ward, eu confiei em Withal nessa empreitada e agora... (Fenton – diz a Ward)

74. - Gente daqui... estou arrependido do pacto que confesso ter feito com Fenton, em facilitar-lhe porto seguro para saques a espanhóis... (Withal - diz aos locais)

75. - Almirante Valdez; fomos atacados. Trata-se de saque corsário inglês e agora estamos à deriva. (Capitão espanhol -no navio da esquadra espanhola avariado na escaramuça- diz ao Almirante Valdez,)

76. - Higino! Renascemos na consciência. Vá numa defesa de Santos. (Valdez -almirante da esquadra espanhola- diz a Higino)

77. - Valdez, reparando nossa pouca vigilância, vou a Santos. (Higino -vice almirante da esquadra espanhola- diz a Valdez)

78. - Como vigia professo fé na vigilância. Avisto a armada espanhola na boca da barra e a armada inglesa no estuário, ajudado pela luz do luar. (Vigia local -do morro do vigia- em fluxo de pensamento, em "24 de janeiro de 1584...", segundo SANTOS, F.M. – “História de Santos”; 1º volume, pág. 137-8, 2ª ed.1986; Ed. Caudex São Vicente - S.P.)

79. - Fique orando e vigiando -sua função- que eu avisarei nossos defensores como emissário que sou. (Emissário local -do vigia- diz a este)

80. - Emissário, combaterei a Fenton, pegarei sua artilharia e erguerei uma fortaleza. (Higino -capitão e navio espanhol- diz a Fenton)

81. - Festejaremos a vitória e a vigilância possível. (Adorno – sogro de Withal, diz aos combatentes e aos locais)

82. - Antevejo hoje a Fortaleza da Barra construída, a partir da frota de Fenton ontem dividida: e ao fundo da barra “Santa Maria de Bergoin” naufragada, mesmo Withal deixando sua madeira com metal forrada. Ward, seu vice-almirante, perdeu para Jerônimo Leitão, governante, quando para o Flores Valdez não foi páreo, que afugentou esse corsário. No espantar desse corsário daqui, à André Higino paz atribuí. Depois seu canhão pouca saudade deixou, quando contra a liberdade também mirou. (Adorno – diz aos locais)

Ato contínuo – Celeste:

83. Não fico olhando não rememoro não dou atenção não libero entrada a Zumbi que não aporte não debruço nas águas não belicosa não arrependida não resignada disto não reabilitada não amadurecida não garanto resplendor não navego não desperto elementos diametrais não essenciais não sangrados não nutridos por seu não ouvir não silente cada espaço determina ou pelo menos encoraja sua própria espécie de história no que concordo com o geógrafo Franco Moretti (Mulher caiçara - em fluxo de pensamento).

84. - Quando dei a liga pra união de suas pedras, em mudança de postura troquei a moldura. (Mulher - diz à Fortaleza da Barra Grande)

85. – Quando trouxe de além-mar os que a construíram, eu pavimentei nosso jardim, desapareceu o jasmim? (Pescador caiçara - diz à Fortaleza)

86. - Eu que testemunho a sua força, nesse novo caminhar faz-me repensar, por sentí-la como a um corvo, que a todos espreita, pois ao abrir de olhos lá está você, pousada e olhando aqueles que a enxerguem. (Guarani - diz à Fortaleza)

87. - Mangue enfraquece seu salto, ou quebra, em mar alto. (Pirata - diz à Fortaleza)

88. - Eu que protegi vocês, me protejam agora, pois a culpa do muro é nenhuma no escuro. (Negro – diz à mulher, pescador, fortaleza e à criança)

89. - Eu que simbolizo o arco da aliança, digo, que em perfume da flor alheia ouvi apenas canto de sereia, (Criança - diz à Fortaleza)

90. Tento cavar um buraco negro no mar daqui com saques a metais nobres trazidos do Rio da Prata por navios fundeados nesse povoado protegidos por cascos forjados em cobre pelo ferreiro Withal casado com a filha de Adorno ancião local de posse no século XVI obstada fluidez de pensamento em singradas águas desses mares como na Europa metrificada por invasão dos mouros se o êxtase imobiliza tanto mulher quanto pescador isso faz superfície rasgares movimentares o renascido tempo presente do paraíso que se desfaz a todo instante ao remares ou jogares pedra sim refletes azul infinito (Pirata – em fluxo de pensamento).

91. Tenta-se cavar um buraco branco na praia daqui com lojas, em meio à fluidez de pensamento que se mantém ao caminhar-se em suas areias (Mulher - em fluxo de pensamento).

92. Tenta-se obstar pensamentos forjados em tantas caminhadas com lojas empilhadas sobre buraco descolorido cavado na casa da palavra afastada assim da dança de roda por ausente fruto da cultura caiçara (Pescador – em fluxo de pensamento).

93. Como proteger a palavra estupro emular solitário temeridade ultrajante participação reconhece onanismo será melhor libertar o mantido junto pássaro vou tratar minha cidade como minha querida mulher vou percorrer suas curvas até seus pés descalços como Peruíbe e Itanhaém sem fazer de conta que só tenha cabeça como Santos onde cresçam cabelos como prédios desobstruir artéria:como sua antiga via férrea que me leve ao seu coração como São Vicente permita-me passar por seus seios como Mongaguá e Praia Grande faça-me perder em seus braços como Bertioga e Guarujá ei de beijar sua boca voraz como Cubatão (Negro - em fluxo de pensamento).

94. Argentias lançadas pela mão em cascata se dão do sonho é a praia se artimanha espraia o sentir pranteado quase lacrimejado no olhar infantil prateado em anil sem saber o que era vislumbrada quimera argentias ao luar desde a água do mar (Criança - em fluxo de pensamento).

95. - Cria! Repercuta inocência, até nascer camaradagem ameríndia. (Guarani - diz à criança)

96. - Em meio à pequena sombra, os raios de sol - árvore sem folha. Somente o navio é melhor, do que o rebocador, utilizado, que fica no livro mais do que lido, na função de puxar ou apenas de empurrar. Fica onde está até receber aquele estímulo, aquele estímulo recebido onde está? Necessidade navio que estimula, ali, nele navega esse viajante navegador ao ter sido tirado de onde estava parado. Gira na mão, movido à correria, catavento colorido. Colorido catavento, movido à mão correria? (Vigia - em dizer cantado: https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/reboca-o-navio )

97. “No mar da vida meus companheiros de pescaria Coquete Jango Manuel Maria ai quem me dera ter vossa fé vinde vós todos em meu socorro ó Quincas Lopes ó João do Morro velhos caiçaras de Itaguaré que desespero que contratempo quem poderia supor que o tempo ainda há bem pouco de céu azul se transformasse nesse marouço e que eu ficasse, pelo mar grosso sofrendo a fúria do vento Sul no rancho aguardam-me ansiosamente mas quem diria tão de repente que o mar tão manso ficasse mau cheio de abismos peixes vorazes ali na Laje dos Alcatrazes há muito mero muito perau estou perdido chove a canoa desarvorada bordeja à toa e eu me concentro para rezar Virgem das Virgens e ao nome dela subitamente cessa a procela todo de rosas se torna o mar e a lua aponta cobrindo tudo de um manto feito de ouro e veludo tudo aclarando com o seu candor e o barco inteiro chega à Atalaia e eu são e salvo salto na praia volto à choupana do meu amor Nossa Senhora cheia de graça que a vossa bênção feliz me faça me livre sempre de todo o mal tornai-me simples como os pastores como os barqueiros, os pescadores a santa gente do litoral" (Pescador – em fluxo de pensamento, em homenagem a Martins Fontes, “Indaiá” - Livro Phostumo, 1937)

98. Fila de espera em animado quintal pular fogueira (Criança - em fluxo de pensamento).

99. Cheiro do botão rosa com pétala desfeita espinha só minha alma que escapa igual formiga contra corrente à seiva no verde da floresta ao balançar do caule silêncio entre si jesuíta e indígena guarani os mais representativos sobreviventes de uma luta cultural colonialista e de resistência para troca de sentimentos relevados ou persistentes em tal luta há pertinente ausência indígena legítima em boa vinda ao jesuíta soldado da cultura católica o que torna perceptível o indizível não silente relevar-se passado sangrento impingido aos dois lados ou perseverança em não ouvirem-se (Guarani - em fluxo de pensamento).

100. Presa no chão diverso em vento que assobia passagem do animal em canto protegido do frio que me açoita mas junta no caminho enamorado beco (Mulher - em fluxo de pensamento).

101. Numa só cavocada terra pra que te quero mandioca pra festa (Negro - em fluxo de pensamento).

102. - Desculpa. Apenas aguardar um perdoar divino, tão improvável quanto pleno amar só vespertino. Relevar humano dispensa pedido e espanta desengano. Lentidão nos passos no ressecado chão - novena de chuva. Você poderá sentir, ter chegado longe seu existir. Administrar sentimentos no self antes de solucioná-los com perdão no céu enfim. (Guarani - em dizer cantado:https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/desculpa )

103. - Água jorra onde menos se espera - alisa a beirada do abismo, pelas mãos do padre também batiza, no choro da criança que esperneia respinga no padrinho que sorri. Numa parede lá da sacristia, na fala úmida que se faz ouvir, sai igual enxurrada, de pessoas, até chegar perto do paraíso - na pia batismal que me habita. Fica olhando, rememorando. Tua atenção libera entrada á Zumbi. Aportada. Debruçada nas águas. Belicosa arrependida? Resignada? Revisitada. Aportada. Garanta resplendor à navegação. Desperta elementos diametrais, essência sangrada. Agora nutra teu ouvir, em silêncio, do finado Barnabé, como verdadeiro “xerife”, daquela praia. Prefiriria chamar a Dona Noquinha a “prefeita”. A Pedrina e seu marido Izaldo, com sua turma, pais de Maria Isabel. Primeiro eu daria uma festa, no sítio do Atílio, regada com sua “Pinga do Guaiúba”. Não sem antes forrar meu estômago com banana, do sítio do engenheiro Américo. Deixaria pro Dr. Hélcio curar o Sr. Bodega, porque isso tá parecendo mais um causo daquele que bebe. Eu pediria ajuda pro Barbosa, aquele pescador da vizinha Praia do Goes. Pro Manoel Januário Ferreira, daquela padaria do canal da barra, do lado de Santos, em invisibilidade – ética, que é a estética da alma.(Pescador - diz à plateia)

104. - Essa minha ficção - aventada, invade a sua realidade - vivida. Se seu ensaio referencia o mensurável, já o meu é, praticamente, arreliação descabida. Fecho meu conto, presunçosamente adulto, para abrir meus ouvidos ao que há, em sua história, de força motriz que toca meu coração, desarvorado, procurando sua raiz. (Pescador - diz à plateia)

Ato contínuo - Adeus:

105. Caiçara Poética: Praça Benedicto Calixto.sp.com espaço Plínio Marcos - lufada inspiradora. Cenários, além de atores, no encontro paralelo. Parecem deslocados da maresia, na ausência de estátua do Plínio, a pesar no sebo armado, ao lado de pequeno arena. Instigam reflexão, àquele de Santos, quando lá geram um dizer poético seu, na estranheza - ausente paisagem. Pretenso público, sentado no arena... audição pra sarau? Há complemento disso, na praça do aquário. Acolá hálito de gastronomia, substitui poema. Ali só, brumas e fluidez, testemunho não justifica. Depara-se com a imensidão do mar, horizonte, céu, estátua do pescador caiçara e seus ingredientes, ao falar, aspira pertencimento, à vida. (Criança com todos os atores - em dizer cantado, à plateia, https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/caicara-poetica ). 

c) Quem é o proponente e equipe envolvida?

Ricardo Rutigliano Roque, com obras: Em Santos, Catando Guaru - contos, livro classificado no Facult de Santos - 2011 (¹); Fortaleza da Barra Grande – prosa (²), Poesia à Rua, Caiçara em Haicai (³), Uma Chama Atlântica, Da Mata Atlântica ao Neruda e Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - poesias, (4) independentes da Caiçara Catadora de Capa Artesanal - 2013-4; Mar Selvagem - romance, classificado no Prêmio SESC de Literatura - 2015; conteúdo que já deu sustentação à outras oficinas - ARRASTÃO CULTURAL, em 25 de novembro de 2011. (5) e de gravuras (6), suscitada estrutura como oficinado (7), eleito para controle social (8).

¹ ROQUE, R. Rutigliano - Deságue - Em Santos, Catando Guaru; projeto literário classificado com 70 pontos no edital do FACULT 2 - Fundo de Assistência à Cultura de Santos, 2011; D.O. - Diário Oficial de Santos, de 02.12.2011 , p. 17 - acessível no link: https://www.egov.santos.sp.gov.br/do/pesq2011;

² "Um tiro certeiro na história da Baixada Santista' [...] 'Os mares ficaram agitados sob a lua cheia na Baía de Santos. O navio... acertara com tiros de canhão à esquadra..., ancorada há um mês na Cidade. [...] Surgiria assim a história da fundação da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande [...] Tal data inspirou a Sociedade dos Poetas Vivos, durante encontro, [...] , no Sesc. [...] Ricardo Rutigliano Roque lançou o livro artesanal Fortaleza da Barra Grande, que faz memória ao ataquepirata, além de uma coletânea de textos (prosa,poesia e haicais) de sua carreira desde 1991. Roque ressalta a importância do resgate histórico e compara a fortificação a um corvo:' Que a todos espreita e, ao abrir de janela, está lá, olhando para aqueles que com sutileza o enxergam. [...] 'espera contagiar outros escritores a se aprofundarem na história da Fortaleza [...] no blog" (*)... - Lincoln Spada em "A Tribuna" - caderno Local, 24 de janeiro de 2013, p. A-11, Santos, SP, Brasil;

3 Terceiro lugar no 4º CONCURSO DE HAICAI “MASUDA GOGA” - 2011, da Associação Cultural Nikkei Bungaku do Brasil e Grêmio Haicai Ipê - São Paulo;

4 autor do livro, e da vertente poética do evento do dia 14 de julho de 2014 (*) - deste seu curador, à convite do Inst Histórico Geográfico Santos -este sob a presidência do DD. Presidente Adelson Portella Fernandes– exposto em reportagem aos 17 minutos desse vídeo:


5 SANTOS, Diário Oficial, 25 de novembro de 2011, página 4: palestra, projeção de filme - DVD, e exposição de vivências contrastantes - mediada por leitura, de textos - crônicas, contos, declamações de haicais e outras poesias próprias e cantos autorais - conceituais da diversidade; assim foi publicado: "Curtas. Saúde ambiental – Hoje, às 14h, será realizada no Ambesp (Ambulatório de Especialidades) da Região Central Histórica (Av. Conselheiro Nébias, 199, Paquetá) a palestra ‘Arrastão Cultural’, que será ministrada pelo... Ricardo' Rutigliano 'Roque. ...um histórico sobre a região e as influências das culturas indígena, negra, mestiça e branca nos hábitos... . A exposição contará com poesias e exibição de filme a respeito do tema. A atividade é aberta ao público."

6 Publicação: Jornal “A Estância” – p. 9, 14-21/06/2013, Guarujá – S.P.: “Crianças Recriam a História em Gravuras”;

7 "Oficinas de Elaboração de Projetos Culturais e Captação de Recursos' do Professor Fábio Luiz Salgado em parceria com a "Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto" - 25/ago. - 10/nov./2011, Santos, S.P..

8 Delegado na 1ª. Conferência Nacional de Saúde Ambiental – Brasília, desde 2009: eleito como representante da A.M.S. na Pré-Conferência de Saúde Ambiental; assim como delegado municipal na 1ª Conferência Municipal de Saúde Ambiental de Santos; tanto eleito na 1ª. Conferência Regional de Sorocaba: delegado regional da região ampliada; quanto eleito delegado estadual na 1ª. Conferência Estadual de Saúde Ambiental do Estado de São Paulo, indo à nacional 09-12/dezembro/2009.

· Qualquer texto de autoria do proponente publicado ou não como referência para análise da Comissão de Seleção:

Mulher Caiçara - Autor: Ricardo Rutigliano Roque. (*)

Sua delicadeza surge, nesse contexto, em penhasco com ar de passarinho e mergulhão, olhando a praia de menino em canoa de pescador, sobre mar de cardume, onde a pura ação movimenta, com o sentir amoroso nessa lúdica presença, que mais se aproxima da existência, em ato de busca. Brincadeiras na mata e poesia pelas ruas interiorizam, nesse movimento, seu frescor sob brancos lençóis, com dobras de marolas trazidas do caminho das águas. Mulher caiçara banha sua filha, com mãos calejadas pelo tecer da rede de pesca, em descanso de seu caminhar continente para conquista de sabor, na sua permanência insular, com troca de aromas. No mar de diálogo vai, em correnteza oceânica do viver, com bucólica remada de aproximação ao horizonte incerto. 

Gerada presentificação, própria da europeia, com pitadas de sonoridade africana e de plasticidade guarani, com sua história fragilizada, no medo imposto por incorretos, mas, com adquirida fortaleza, disfarçada em aparência amedrontada, dos corretos, e longe de vitimizada, sob a ética do benefício herdado da ascendência. A sua cultura de mulher caiçara evoca, em linhas guardadas próximas à sombra de paciente espera, o seu mistério, com quantidade de nós que permeiam a menina que escuta, e cortiças que flutuem junto ao menino que lhe fale. Ela como personagem se sente protagonista - nessa tessitura, mais coadjuvante em ondas do que esse narrador em vagalhão da saudade, tão desdobrados, mas companheiros em degustação de maresia, em rebeldia. Está na evocação do limite, de mar circunscrito, esse avizinhamento, mas, que em maré vazante vai, até se distanciar, em conquista de água oceânica coberta em brumas, em vazantes e enchentes. Este fluxo está, ao adentrar o canal do estuário, longe de manobras exóticas, como em suas veias, para percepção do que há, ao passar pelo deck dos sentidos, até umedecer a aridez da areia em próxima praia, a partir dali palmilhada. 

Há ambiente, em roteiro desde a nascente do Tejo que a remete à Europa, e à África até a Fonte de Itororó, depois de percorrido o rio chamado Atlântico, como sua artéria e, já aqui refrescado, como em suas narinas, pelo vento até a Serra do Mar - emoldurada por nuvens, pensamentos que evocam vulcões de Araucania - intuições, e lava expelida pelo Vesúvio – lembranças desde 1902. Essa geografia emocional é, de inquietude, denotada em fenomenologia de atos e de passivas percepções. 

Vivificada memória em suas cartas, chacoalhadas no abrir de sua bolsa, sobre contexto disfuncional, com poeira de grande viagem. Desde a distante Europa, onde os detratores permanecem sob silenciado mosaico de intransigência à anárquica presença, sua, e da África de mais antiga influência à submissão, chegando à sedutora Mata Atlântica. Agora passa, em intimista distância, suas vistas por morros, na Ilha de São Vicente: desde o tormentoso Morro do Lima - derrocado para aterro, até o sonhado Morro do Itararé – mirante do cais do Porto de Santos e praias, onde os caiçaras formam quebra-cabeça, em estabelecidos epicentros, que seus ombros sustentam. 

Percepção do menino em pluvial água e da menina em salobra mistura, ambos acalentados como pequenos peixes guarú, estes que saem mesmo protegidos por comportas em canais de Saturnino de Brito, como de sua boca as palavras. No abrir de barbatana, em toques mútuos, assim, em seus mais recônditos nichos, como uma só isca viva, enlevados por anzol cognitivo, a mulher convive com predadores, que passam por sua mão em aleatória escolha, vazante, na busca de partilha maior, em trajeto sem sombras de pedras, como se não houvessem ossos, mas, das mais fortes ondas, profundas correntezas e remansos, cujas superfícies refletem, como sua esperança, o céu. 

* Prêmio - máximo: "Menção Honrosa" - certificado. Júri: Marcelo Rayel Correggiari, Maurilio Campos e Sueli Ap. Lopes. Tema: Mulher Caiçara, no I Concurso Literário - 2016, de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas.

Categoria: adulta - 2016. (**).

** "Semana da Cultura Caiçara inicia com evento literário'. 'A Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6 da orla) recebe programação da 3ª. Semana da Cultura Caiçara, que tem início. Entrada franca. A partir das 16h, a mulher caiçara homenageada no 1º Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas. O evento, realizado na Biblioteca Mário Faria, também celebra o último dia da Semana Internacional da Mulher." (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

d) Para quem será realizado?

· Perfil do público-alvo: crianças, público em geral, e escolares do ensino médio e/ou básico;

· Plano de Divulgação do projeto: contato telefônico seguido de troca de e-mails com escola com biblioteca – municipal ou estadual, e biblioteca municipal de nove municípios da Baixada Santista, na manhã da primeira sexta-feira de cada mês – do ano letivo, assim: 

.. 1. Bertioga – março, à tratar;

.. 2. Cubatão – abril: Escola Padre José de Anchieta Municipal de Cubatão. Endereço: Rua Salgado Filho, 130 Jardim Anchieta, Cubatão – SP CEP: 11500-270 Telefone (13) 3361-1058 // 3361-7739 e-mail: emefpjanchieta@ig.com.br

.. 3. Guarujá – maio; Escola Estadual “Nossa Senhora dos Navegantes” - Professora Beatriz Merguiso - Rua Orlando Botelho Ribeiro 2008, Santa Cruz dos Navegantes, Guarujá, S.P. CEP 114245-150. Tel. (13) 3354-2854, navegantes41508@yahoo.com.br (*) e Escola Municipal Benedicta Blac Gonzalez - a/c Vice-Diretora - Professora Simone Av. Rio Solimões - Balneário Praia do Pereque, Guarujá – SP CEP: 11446-090 Telefone (13) 3353-6360 e-mail: embenedictablac@guaruja.sp.gov.br

.. 4. Itanhaém – junho: E.M. Profª Silvia Regina Schiavon Marasca a/c Diretor DD. Professor Alanderson Lopes dos Santos Avenida João Batista Leal, 241 - Centro, Itanhaém – SP tel. 3426-5826 e-mail: silviareginaschiavonmarasca@hotmail.com

.. 5. Mongaguá – agosto; E.E. PROFESSORA ARACY DA SILVA a/c em 01/07/2016 da DD. Profª. Ângela – Orientadora Pedagógica. E.mail: quimicaprofangela@gmail.com Endereço: Avenida São Paulo, 1774 - Centro, Mongaguá, S.P., telefone: (13) 34481620-1 e (13) 34480205 e a/c em 07/06/2016 do Diretor Municipal da Educação DD. Professor Edmilson Benedito Machado - educacao@mongagua.sp.gov.br

... 6. Peruíbe – setembro, 7. Praia Grande – outubro, 8. Santos – novembro (*), e 9. São Vicente – em tratativas;

* 15 de março - último dia da “Semana Internacional da Mulher” e primeiro da “Semana da Cultura Caiçara”, I Concurso Literário de Crônicas do Acervo dos Escritores Santistas, acontecida na biblioteca Mário Faria (Diário Oficial de Santos, página A 7, 15 de março de 2016).

e) Quando será realizado?

· Cronograma de trabalho – dentro dos dez meses, após recebimento da primeira parcela. 1º mês: revisão estilística e impressão gráfica; 2º ao 10º mês: entrega em mãos com roda de conversa, à biblioteca municipal e escola municipal ou estadual, uma de cada município, assim: Bertioga – março; Cubatão – abril; Guarujá – maio; Itanhaém – junho; Mongaguá – agosto; Peruíbe – setembro; Praia Grande – outubro; Santos – novembro e 15 de março na biblioteca Mário Faria; São Vicente – dezembro.

f) anexos - I e II - assinados, e rg do autor - com número do CPF, escaneados em PDF – em “documentos”.