sexta-feira, 17 de março de 2017

p. 1 - 18 - Capa, Índice, Antropofágica Santos, Manguezal, Atlântica Desembocadura / Mulher Caiçara onde Estiver.


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Caiçara Catadora de Capa Artesanal.
Editor: Ricardo Rutigliano Roque
ricardorutiglianoroque@yahoo.com.br
WathsApp (13)98155-5544
Santos – São Paulo, Brasil
2017

Mulher Caiçara Onde Estiver – Ensaio, Conto, e poética – Prosa Fantástica, simples, Haicai, Trova e Verso Livre.

Autores: Ricardo Rutigliano Roque – Ensaio, Conto, Prosa Fantástica, Verso Livre e organização; Zezé Goldschmidt, Íris Geiger e Assma Gabriela – Prosa Fantástica; Marly Barduco – Haicai e Trova; Maria Aparecida Ferreira de Vasconcelos e Antonio Colavite Filho – Trova, e Marcelo Ignácio – Verso Livre. 

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Mulher Caiçara onde Estiver.



Ricardo Rutigliano Roque,
Zezé Goldschmidt, Assma Gabriela, Íris Geiger, Marly Barduco, 
Marcelo Ignácio, Maria Aparecida Ferreira de Vasconcelos, e Antonio Colavite Filho.



Caiçara Catadora de Capa Artesanal. 

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À Mulher Caiçara onde Estiver.

A mulher é a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
e
a Arte é, como estopim da Cultura, o Forte do Crasto, 
em 
fogo cruzado no canal da barra contra corsários e piratas. 

O Museu Histórico do Guarujá e o Museu de Pesca -
contemporâneas presenças, em defesa do saber cultural,
à favor dos locais.

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Mulher Caiçara onde Estiver.


Índice:

Tomo I - Lírico.

À Mesa:
Minha Antropofágica Santos – Uma Poética Caiçara - Verso Livre: 11
Santos em Defesa de Uma Poética Caiçara - Conto: 13
A Força do Manguezal - Verso: 14
Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho - 151 anos de Vicente de Carvalho - Verso Livre: 15
“O Homem Peixe”, de Zezé Goldschmidt - Prosa Fantástica: 18
Degustação:
Íris Geiger - Baleia, Marcelo Ignácio – Iemanjá, e Marly Barduco, Maria Aparecida Ferreira de Vasconcelos e Antonio Colavite Filho – Mar: 41
Prato de entrada, prosopopeico – Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande - Prosopopeia: 42
Céu – Assma Gabriela, Prosa Fantástica: 45

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Tomo II – Ensaio da Proposta.

Cardápio:
Cardápio: 49
Cardápio Digital - em Rede: 51
Cozinha
Sabores - Cozinhas Frequentadas: 51
Temperos: 52
Bar:
Enquete do garçom à Mulher Caiçara onde Estiver: 53
Mulher Caiçara onde Estiver – receita do cozinheiro, que propõe: 54
Dispensa:
Ingredientes básicos da Mulher Caiçara onde Estiver: 57
Copa:
Ação da Cozinha: 66
Ação no Quintal: 66
Caixa:
Custeio: 70
Bastidor
Ação: 71

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À Porta:
Ações Acontecidas: 73
Eventos predecessores: 73
Mambembe, Desnudo Mar Selvagem, ao jovem na escola: 75
Vitrine:
Certame literário aberto: 78
Ante-sala:
Leitura histórico literária: 79
Esboço – caminhada evolutiva, inspirado em demandas: 80
Balbuceio: 81
R.H.:
Equipe: 82
Entrevista:
Diálogo provocador: 82
Receitas:
Considerações - à dinâmica: 84
Considerações - ao conteúdo norteador: 85

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Corredores:
Bate-papo pragmático: 86
Sobremesa:
Cafezinho: 88
Aromas: 91
Areando:
Para refletir à luz, em oficina: 92
Os ingredientes: 92
Protagonismo: 92
Em filme: 93
Em música: 93
Os raios de luz: 93

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Mulher Caiçara onde Estiver 


Tomo I – Lírico.


À Mesa:
Minha Antropofágica Santos – Uma Poética Caiçara.
Santos em Defesa de Uma Poética Caiçara – conto.
A Força do Manguezal – versos.
Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho.
Prato de entrada prosopopeico – Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande.
Degustação de Íris Geiger, Marcelo Ignácio e Marly Barduco, Maria Aparecida Ferreira de Vasconcelos e Antonio Colavite Filho.

Minha Antropofágica Santos - Uma Poética Caiçara – Verso Livre.

Vou tratar minha cidade -
como minha querida mulher, 
vou percorrer suas curvas,
até seus pés descalços -
como Peruíbe e Itanhaém.

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Sem fazer de conta que só tenha cabeça -
como Santos, 
onde cresçam cabelos -
como prédios,
desobstruir artéria -
como sua antiga via férrea,
que me leve ao seu coração -
como São Vicente.

Permita-me passar por seus seios -
como Mongaguá e Praia Grande,
faça-me perder em seus braços -
como Bertioga e Guarujá
e beijar sua boca voraz -
como Cubatão.

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Santos em Defesa de Uma Poética Caiçara - Conto.
   - Há pertinência em se tratar uma cidade como à uma mulher, querida? Então vamos percorrer suas curvas até seus pés descalços em Peruíbe e Itanhaém? ou vamos fazer de conta que ela só tenha cabeça - Santos, onde cresçam cabelos - prédios, sem necessidade de desobstruir artéria que nos leve ao seu coração - São Vicente, e nos permita passar por seus seios - Praia Grande e Mongaguá. 
   - Na pressão imobiliária em ausente metrô de superfície de Santos até Peruíbe - pelos trilhos da Sorocabana, isso não acontece "por falta de demanda" em horizontalizar tal metrópole para o sul, até Peruíbe? 
   - Vamos combinar também que o trem bala S.P. - Rio não aliviaria a poluição da queima de combustível fóssil usado por aviões da ponte aérea? 
   - "Vamos combinar que a menina é bonita" - comentário em rede de relacionamento social da internet, sobre foto de menina guarujaense - fora dos padrões de "beleza cultivados", além de outro: "- Que porr# é essa?!". 

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   - Discriminação é diagnóstico no livro de "Código Internacional de Doenças" - C.I.D. – 10, para o paciente acometido por ação discriminatória, todavia o discriminador fica "belo e formoso' - 'se auto pronunciando, esteticamente". 
   - Agora o comum é lindo? Que tal começarmos a colocar a mão na consciência em algum momento? 
   - O manguezal é um processador no bom sentido - organicamente; o poluidor é a cloaca que processa no mal sentido - inorganicamente, ao financiar o consumo de combustíveis fósseis - no transporte que administra. 
   Desrespeita-se a saúde ambiental, na esperança disto guarnecer políticas públicas, nas câmaras de vereadores destes municípios, em cujas sessões aguarda-se aprovação de leis autorizativas para tal troca - linha férrea abandonada por metrô de superfície.

A Força do Manguezal – Verso Livre.

Na mudança de postura

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troquei a moldura.
Pavimentei nosso jardim
desapareceu o jasmim.

Esse novo caminhar
faz-me repensar.

Na quebra do asfalto
mangue enfraquece o salto.

A culpa do muro
é nenhuma no escuro.

No aroma da flor alheia
ouvi apenas canto de sereia.

Atlântica Desembocadura, Rumo ao Barco Vizinho –151 anos de Vicente de Carvalho- Verso Livre.

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Fica em digna postura -
pra sua alma irreprimível
remar mais do que é seu barco.

Há ousadia da maré
endereçada aos ouvintes
dentre eles está você.

Pluvial água - percepção menino,
nesse fluxo está ao adentrar
no canal do estuário, longe perto -
manobra exótica como a sua,
veia para navegação do que há,
ao passar pelo deck dos sentidos.
Até umidece a aridez -
areia em próxima praia palmilha.

Disponíveis recortes mimos,
remados pelo seu barqueiro
insubmisso aos navegantes. 

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Dá leitura aos cem barcos nus,
pra presenciar oceano -
sentir entregue ao olhar.

Menina em salobra mistura há,
acalentado peixinho guarú,
esta evocação de limite – mar,
circunscrito nesse avizinhamento,
mas, em maré vazante vai até
se distanciar na conquista d’água
oceânica encoberta em brumas,
em vazantes e enchentes - você.

Percepção há de haver que
transcreva antologia imersa
na ausência de alguns sabores.

Já que você é homenagem,
em alquimia à transformar
versos naquela maresia. 

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Quebrasse inércia, Vicente de Carvalho -
de pé - fronte à dureza, jardim fomenta,
ladeado em aconchego de uns traços
benedictino-calixtos em suas águas,
mar - por ambos assistido, é atlântica
desembocadura – no céu, são lonjuras.

Mediante minha leitura,
que na rede eu sirvo a todos -
aos pressupostos mais nadantes.
Fechem essa minha janela
à nossa não cumplicidade
pra que a lua não a espie.

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