Coerência presente no Sarau das Ostras, enaltecida com ousadia poética, como furão em festa fechada aos apenas amigos, agora aberta à parceira postura, na casa de dedilhados livros, ao derrubar a imposta divisa geopolítica, prevalecido o Cultural em vertentes, ao transformar o retangular campo de futebol, presente sob a visão torcida da pescaria, ali em retorcida água, com protagonizada ética. Novo espaço, em meio à consagrada leitura atenta, já desapegada, em oferta acessível.
Em caso de chuva, quiçá no jardim de inverno, nos fundos do Museu de Pesca, autorizado pensar pela historicidade, protegido em conversa de assemelhados lobinhos de Baden Powell ali estiveram - longe da ordem unida que comungam os dois coletivos, e se seco na fortaleza como escoteiros que a alisaram em meio a pincéis e cal.
Gratidão à cada um que ali levar, na voz de partilhada proteção contra o ataque corsário, agora em partilha não do que antes era sobejamente tentado saquear, mas do que agora é partilhado, antes calado, perto de seus canhões, no dizer celebrado em prosopopeico, ontem predito, quiçá em livros lançados com cheiro de novo, pra voltar depois ao Sêbo Café, já com cheiro do leitor, inteirado na cauda de vestido de noiva, no rastro do perpetuado romântico já compartilhado, ao tirar o pó que mistifica, mais clareado pela água que banha cada destino caminhado.
Deixado aqui em mural, pra edição por cada par, lavrado pelo punho apalavrado com o sentir, avesso ao cartorial.
Ricardo Desnudo, do Acervo dos Escritores Santistas e Caiçaras.
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