terça-feira, 29 de novembro de 2016

Meu Jogar.

Meu Jogar.

O que você está tendo - Chape,
o seu urro, ao nascer,
sufocado agora está,
como pode esta fraqueza!?

Paro de jogar pra vida - meu velho,
agonizo estatelada,
meu coração bate fraco -
sinto o som tão ultimado.

Há embaixo de seus pés
criança que eu admiro,
lidera o caminhar,
nesse jogar já cantado.

Caminho só na vida,
antes trilhada partida!
Deixo viva a torcida,
viva, nesse amor.

Sou sua filha - torcida,
aqui fora tempestade.
Agora mesmo estou
no aroma florestal.

“Presta atenção minha querida
apesar de estar resolvida,
ouça-me bem, nesse abismo
que cavaste com os teus pés.”

Água corro em seu  campo,
que vento me asperge fora,
mas exalado, difícil,
do calor de seus galhos.

“Vou assim mesmo' meu velho
'à beira desse abismo’
sempre sinta-se querido -
‘hora da’ minha ‘partida".

Ricardo Desnudo.

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